Ibovespa cai aos 107 mil pontos; BTG Pactual (BPAC11) sobe após resultado

Ibovespa cai aos 107 mil pontos; BTG Pactual (BPAC11) sobe após resultado

O Ibovespa cai 0,43% aos 107.614 pontos na abertura de mercado desta segunda-feira (13), com mineradoras e siderúrgicas na ponta negativa do índice e bancos e frigoríficos marcando presença na ponta positiva.

Um dos destaques do Ibovespa hoje é o BTG Pactual (BPAC11), que sobe quase 3% após a divulgação do resultado trimestral. O banco mostro uma leve queda no lucro no comparativo trimestral, mas fechou o ano com ROAE pouco acima do soft guidance e um impacto de R$ 1,2 bilhão com o caso Americanas (AMER3).

Fora da agenda corporativa, com mais balanços, o mercado lida com uma agenda de indicadores que mostra previsões de juros e inflação maiores tanto para 2023 quanto para 2024, segundo os dados mais recentes do Boletim Focus.

Nas bolsas internacionais, alta de 0,17% no S&P 500 e de 0,01% no Dow Jones durante as negociações pré-mercado (premarket) dos Estados Unidos.

Na Europa, altas de 0,5% na Bolsa de Frankfurt (DAX) e de 0,29% em Londres (FTSE). Com isso, o índice Stoxx-600 avança 0,64%.

Além disso, influenciando na bolsa de valores hoje, o minério de ferro recua 2,2% a US$ 123,28, puxando as baixas do Ibovespa.

O petróleo cai 0,85% a US$ 85,66.

Os contratos futuros do dólar, com vencimento para março, mostram retração de 0,17% na moeda americana, a R$ 5,226.

Notícias que movimentam a bolsa de valores hoje

  • BTG Pactual (BPAC11) encolhe lucro em 5% com efeito Americanas
  • Azul negocia dívidas
  • Mercado espera juros de dois dígitos em 2023

Resultado do BTG Pactual

O BTG Pactual (BPAC11) teve lucro de R$ 1,64 bilhão no quarto trimestre de 2022 (4T22). Com isso, o lucro do BTG Pactual cai cerca de 5% na base anual. O lucro líquido ajustado, por sua vez, foi de R$ 1,767 bilhão, ante R$ 1,782 bilhão vistos em igual trimestre do ano anterior.

No acumulado de 2022, o banco teve um lucro líquido ajustado de R$ 8,3 bilhões, ante R$ 6,49 bilhões vistos em 2021 – representando um ganho de 28%.

Além disso, o BTG mostrou um Retorno sobre patrimônio médio (ROAE, na sigla em inglês) de 16,7% no quarto trimestre de 2022, ante 22% vistos no trimestre imediatamente anterior.

Os números consideram uma provisão de R$ 1,2 bilhão para a Americanas (AMER3), já que o banco está dentre os principais credores da varejista que pediu recuperação judicial recentemente.

Esse valor representa cerca de 63% da exposição de crédito do BTG com a Americanas, que é de R$ 1,9 bilhão – além dos R$ 1,2 bilhão que foi bloqueado em uma batalha judicial.

Com isso, o BTG mostra que não fez um provisionamento de 100% tal como outros grandes credores da Americanas, como o Itaú (ITUB4) e o Bradesco (BBDC4), que reportaram seus resultados nos últimos dias.

Azul negocia dívida com arrendadores de aviões e bancos

Após sobreviver ao pior momento da crise da pandemia e ser a primeira companhia aérea a voltar ao patamar de oferta anterior à covid-19, a Azul (AZUL4) busca renegociar a dívida que acumulou nos últimos anos.

Neste ano a empresa deve pagar R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos, segundo fontes do mercado à Agência Estado.

Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia.

As mesmas fontes citam que a ideia é fechar um acordo ainda nesta semana, e possivelmente realizar um aumento de capital.

Focus vê Selic mais alta em 2023 e em 2024

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13), mostra pela primeira vez no ano um aumento na expectativa com a Taxa Básica de Juros, a Selic. A projeção do mercado financeiro é de que a taxa feche o ano de 2023 em 12,75%.

Anteriormente, na última edição do Boletim Focus, a projeção para a Selic era de 12,50%.

Para 2024, a expectativa do mercado é de que os juros fiquem em 10%, sendo a segunda semana consecutiva em que as projeções para o ano em questão foram elevadas.

Veja, em detalhes, as projeções mais importantes para 2023 e 2024:

2024

  • IPCA: a projeção subiu para 5,79%
  • PIB: a projeção caiu para 0,76%
  • Dólar: a previsão do câmbio segue em R$ 5,25
  • Taxa Selic: a previsão aumentou para 12,75%
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu para US$ 57,20 bilhões
  • Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
  • Dívida do Setor Público: a previsão aumentou para 61,50% PIB

2023

  • IPCA: a projeção subiu para 4%
  • PIB: a projeção segue em 1,5%
  • Dólar: a previsão do câmbio segue em R$ 5,30
  • Taxa Selic: a previsão subiu para 10%
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit subiu para US$ 56,60 bilhões
  • Investimento Estrangeiro Direto: a previsão segue em US$ 80 bilhões
  • Dívida do Setor Público: a previsão caiu para 64% PIB

Maiores altas do Ibovespa

  • BPAC11: +3,1%
  • BRFS3: + 2,8%
  • JBSS3: +2,5%
  • TIMS3: +1,5%
  • KLBN11: +1,4%

Maiores baixas do Ibovespa

  • USIM5: -3,4%
  • AZUL4: – 3,1%
  • CMIN3: -3%
  • CRFB3: -3%
  • QUAL3: -2,9%

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da sexta-feira (10) em alta de 0,07%, a 108.078 pontos.



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Por: Eduardo Vargas – Suno

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