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Crise na Americanas (AMER3) deixou bancos mais rigorosos, diz Banco Central; entenda

O rombo bilionário na Americanas (AMER3) deixou as instituições financeiras mais rigorosas nas operações de “risco sacado”, segundo o Banco Central (BC). Em relatório divulgado nesta quarta (10), a autoridade monetária detalhou os impactos da crise da varejista no sistema financeiro nacional.

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“No início de 2023, o caso Americanas provocou aumento no custo do crédito via mercado de capitais e uma postura mais rigorosa das IFs nas operações de ´risco sacado´. Considerando esse acontecimento e o ambiente de elevados comprometimento de renda, endividamento das famílias e de redução da capacidade de pagamento das empresas, 2023 inicia acentuando a redução do ritmo de crescimento”, escreveram os especialistas do BC no Relatório de Estabilidade Financeira.

De acordo com o Banco Central, a rentabilidade do sistema bancário recuou nos últimos meses, principalmente devido ao aumento das despesas com provisões.

“A discreta redução da rentabilidade no semestre foi acentuada devido ao caso Americanas. Embora o forte aumento das despesas de provisão no último semestre de 2022 esteja relacionado a esse evento, a materialização do risco tem resultado no elevado aumento dessas despesas de forma geral”, detalharam os especialistas, que também apontam outros fatores para esse movimento, como o declínio do ritmo de crescimento das rendas de serviços e a pressão da inflação sobre as despesas administrativas.

Para o BC, as provisões seguem acima das perdas esperadas estimadas na carteira de crédito e seguem em níveis adequados: “O nível de provisões registradas pelas IFs é uma barreira importante
para fazer frente às incertezas quanto à evolução das condições macroeconômicas e das perdas na carteira de crédito”.

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Qual o impacto do caso Americanas na economia?

Os especialistas do BC realizaram um estudo específico sobre os desdobramentos da crise na Americanas no mercado e, de acordo com esse material, o impacto nas instituições bancárias “é pequeno e não provoca desenquadramentos de bancos individuais”.

“A análise indica que apesar de os valores de exposições brutas serem elevados, o impacto sobre o IB é pequeno e não provoca desenquadramentos de bancos individuais. Grande parte da exposição bruta das IFs é ao grupo Americanas diretamente, sendo que as exposições aos fornecedores, para os graus de dependência 25% e 50%, são da ordem de R$492 milhões e R$13 milhões, respectivamente”, comentaram.

Além disso, os bancos possuem uma carteira de crédito bem diversificada, sendo que o montante em risco não representa parcela significativa da carteira de crédito das instituições.

Por volta das 10h45 do Ibovespa hoje, as ações da Americanas eram negociadas em alta de 0,89%, ao preço de R$ 1,13. Como esses papéis possuem valores baixos desde a explosão da crise, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em valores percentuais.

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Por: Erick Matheus Nery – Suno

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