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Via (VIIA3) vai capturar vácuo deixado pela Americanas (AMER3) no varejo, prevê CEO

Via (VIIA3) vai capturar vácuo deixado pela Americanas (AMER3) no varejo, prevê CEO

Roberto Fulcherberguer, CEO da Via (VIIA3), defendeu que a empresa conseguirá captar o vácuo deixado pela Americanas (AMER3) no mercado varejista nacional. Nesta segunda (13), o executivo rebateu as análises dos especialistas, que apontam Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre (MELI34) como as principais beneficiadas pela crise na empresa de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

“A cada trimestre vamos demonstrar que, de fato, somos grandes capturadores desse vácuo que está se deixando no mercado. Não tem como dado tudo o que estamos fazendo e toda a nossa conexão com o consumidor, uma grande parte desse mercado não vir para nós”, argumentou Fulcherberguer em entrevista ao Brazil Journal.

Segundo o líder da empresa que administra as lojas da Casas Bahia, os analistas preferem as concorrentes por causa do passado da Via. O executivo recordou que a companhia era líder do setor varejista quando o Walmart saiu do Brasil e a Máquina de Vendas reduziu drasticamente sua operação.

“Naquele momento, a Via era o maior varejo do País e era o maior doador de share por conta da estratégia que estava posta na época, com os erros estratégicos que tinham. Em junho de 2019, mudamos completamente a companhia. Então, hoje, somos o maior capturador de share. Agora, óbvio que na hora que o mercado olha para trás, ele se mira muito no que aconteceu e não enxerga isso”, comentou.

Estamos com os planos já feitos. Infelizmente aconteceu [a recuperação judicial da Americanas], mas a gente quer ocupar essa camada do mercado.

“Acho que é um ano mais difícil de crescimento de mercado, mas é um ano em que ficou mais fácil aumentar participação de market share. Seja pelo evento da recuperação judicial ou dos outros players também. Vamos para um ano de grande market share com responsabilidade”, complementou.

Como a Via vai crescer durante crise na Americanas?

Fulcherberguer evitou abrir o jogo sobre como a Via abocanhará o market share da Americanas, mas afirmou que o negócio “vem capturando market share ao longo dos últimos três anos de maneira silenciosa e com muita responsabilidade”.

“Tinha uma moda em algum momento que quanto mais GMV (volume bruto de mercadoria, em inglês) você cresce, mais a sua ação valoriza, mais tudo fica melhor, mas não se falava muito de lucratividade. Estamos falando desde 2019: ‘O lucro é fundamental para a sustentação do negócio’. Nunca apostamos em crescer o GMV a qualquer custo independente de ter ou não ter lucro”, detalhou.

Agora, está saindo um player que ia muito fundo em promoções, cashback altíssimos. Coisas que, do nosso ponto de vista, não eram sustentáveis. Estamos vendo agora que, de fato, não era.

“O mercado deve ficar mais racional agora, aí nosso diferencial aparece mais ainda. Sabemos como fazer crescimento de share ganhando dinheiro”, defendeu o líder da Via.



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Por: Erick Matheus Nery – Suno

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