O transplante de fígado para o tratamento de pacientes com doença hepática e mais 5 remédios passarão a ter cobertura obrigatória dos planos de saúde, anunciou nesta sexta-feira (30) a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Esta é a 13ª atualização do rol da ANS apenas em 2022, segundo a agência, e a atualização deve entrar em vigor na segunda-feira (3), quando está prevista a publicação no Diário Oficial da União (DOU).

Há várias empresas do setor de saúde com capital aberto na B3 que podem ser afetadas pela medida como Bradesco Saúde, do Bradesco (BBDC4); NotreDame Intermédica e Hapvida, que se uniram (HAPV3); Itauseg Saúde, do Itaú Unibanco (ITUB4); Porto Seguro Saúde, da Porto (PSSA3); e SulAmérica (SULA11), que foi comprada pela Rede D’Or (RDOR3).

Um dos medicamentos é o Regorafenibe, usado no tratamento de pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático (veja abaixo os outros remédios). Já o paciente que precisar do transplante hepático terá acesso ao órgão pela fila única do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para assegurar a cobertura de procedimentos vinculados ao transplante, foram realizados ajustes ao Anexo I do rol da ANS, que traz a listagem dos procedimentos cobertos, incluindo procedimentos para o acompanhamento clínico ambulatorial e para o período de internação do paciente, bem como os testes para detecção quantitativa por PCR (proteína C reativa) do citomegalovírus e do vírus Epstein Barr.

Antifúngicos e pandemia

A agência aprovou ainda a inclusão de mais 4 medicamentos no rol. São antifúngicos que podem ser usados ambulatorialmente, de forma injetável, para desospitalizar pacientes em meio ao aumento de micoses profundas graves devido à pandemia de Covid-19.

Os medicamentos são:

• Voriconazol, para pacientes com aspergilose invasiva;
• Anfotericina B lipossomal, para tratamento da mucormicose na forma rino-órbito-cerebral;
• Isavuconazol, para tratamento em pacientes com mucormicose;
• Anidulafungina, para o tratamento de candidemia e outras formas de candidíase invasiva.

Atualizações do rol da ANS

A ANS diz que em 2022 já foram incorporados 12 procedimentos e 25 medicamentos à lista de coberturas obrigatórias do rol da agência. Também foram feitas ampliações para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o transtorno do espectro autista.

A agência também acabou com os limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, desde que feitas sob indicação médica.

A mudança anunciada nesta sexta foi aprovada pela diretoria colegiada da ANS e discutida em reuniões técnicas da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), realizadas entre junho e setembro. Os encontros contaram com representantes do Ministério da Saúde e da Central Nacional de Transplantes.

(Com Agência Brasil)

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