O sentimento do consumidor dos Estados Unidos calculado pela Universidade de Michigan foi revisado para 59,9 em outubro de 2022, de uma preliminar de 59,8. O subíndice de condições atuais foi revisado em alta para 65,6 de 65,3, enquanto o indicador de expectativas foi confirmado em 56,2.
Ainda segundo a universidade, a taxa média de inflação esperada para o ano seguinte subiu para 5,0%, com aumentos relatados nas categorias por idade, renda e educação. A incerteza sobre as expectativas de inflação permanece elevada, indicando que as expectativas de inflação devem permanecer instáveis nos próximos meses.
Para o horizonte de cinco anos, a inflação esperada permaneceu estável, na casa de 2,9%
Para a diretora de pesquisa com consumidores, Joanne Hsu, o sentimento do consumidor confirmou a leitura preliminar no início deste mês, avançando apenas 1,3 ponto do índice em relação a setembro.
“Com o sentimento ficando apenas 10 pontos acima do mínimo histórico alcançado em junho, as notícias recentes de uma desaceleração nos gastos do consumidor no terceiro trimestre não surpreendem”, comentou.
Segundo ela, condições de compra de bens duráveis subiram 23% neste mês, com base na flexibilização dos preços e nas restrições de oferta. “No entanto, as condições de negócios esperadas para o ano anterior pioraram 19%. Esses padrões divergentes refletem uma incerteza substancial sobre a inflação, respostas políticas e desenvolvimentos em todo o mundo, e as opiniões dos consumidores são consistentes com uma recessão à frente na economia”, alertou.
Para Joanne Hsu, enquanto os consumidores de baixa renda relataram ganhos consideráveis no sentimento geral, os consumidores com considerável riqueza no mercado de ações e em habitação exibiram declínios notáveis no sentimento, sobrecarregados pelo tumulto nesses mercados.
“Dado o desconforto contínuo dos consumidores com a economia, principalmente entre os consumidores de renda mais alta, qualquer enfraquecimento contínuo da renda ou da riqueza pode levar a novas retrações nos gastos que reforçariam outros riscos de recessão.”
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Por: Roberto de Lira – InfoMoney
