Justiça dá 72 horas para Bolsonaro e Petrobras (PETR4) se manifestarem sobre alta do combustível

A juíza Flávia de Macêdo Nolasco, da 9ª Vara Federal do Distrito Federal, deu 72 horas para o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Petrobras (PETR4) se manifestarem em uma ação que contesta o aumento do preço dos combustíveis. O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, também deverá se posicionar.

A intimação foi feita nesta sexta-feira (11), em processo movido pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) para suspender o reajuste em todo o País.

A entidade diz que a política de preço do combustível não poderia ser atrelada ao valor internacional do barril de petróleo e que a opção prejudica o consumidor. De acordo com a ação, o aumento terá implicações em toda a economia e viola os princípios da defesa do interesse nacional e do interesse dos consumidores.

Petrobras (PETR4) anuncia alta de 19% na gasolina e 25% no diesel

Petrobras (PETR4) anunciou na última quinta-feira (10) aumento nos preços de venda da gasolina e diesel para as distribuidoras a partir de amanhã. Às 11h20, após o anúncio, as ações da Petrobras subiam 2,06% no caso das preferenciais e 1,30% no caso das ordinárias. Em Nova York, os ADRs da companhia têm alta de 1,09%.

Sob pressão do cenário internacional, este é o primeiro aumento em 57 dias. Desde 11 de janeiro, a cotação do petróleo Brent acumula valorização de 38,9%.

De acordo com a companhia, “apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”.

A partir de amanhã, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras terá um aumento de 18,8% e passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, diferença de 61 centavos.

Nos postos de combustíveis, considerando a mistura de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A, a parcela da Petrobras deve ter aumento de 18,6%, ou 44 centavos.

Para o diesel, o aumento é maior e o preço de venda às distribuidoras terá alta de 24,9%: passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, diferença de 90 centavos.

Nos postos, considerando a mistura de 10% biodiesel e 90% diesel A, a parcela da Petrobras sobe  24,9%, um aumento de R$ 0,81 por litro.

“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, informou em nota.

A Petrobras disse reiterar o compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

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Por: Victória Anhesini – Suno

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