Índice do dólar atinge maior patamar desde novembro após CPI acima do esperado

O dólar atingiu o maior patamar desde novembro de 2023 frente a uma cesta de seis moedas de países e regiões desenvolvidas, segundo medido pelo DXY, índice usado para medir a força (ou fraqueza) da divisa americana.

O índice DXY sobe 0,7% por volta das 18h desta terça-feira (13), para quase 105 pontos, o maior nível desde 12 de novembro do ano passado. Os preços do ouro também recuaram frente ao dólar, abaixo dos US$ 2 mil por onça, o menor nível em exatos dois meses.

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A valorização da moeda americana ocorre no mesmo dia em que foi divulgado o CPI dos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em janeiro no país, mesma variação de dezembro de 2023, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pela manhã pelo Departamento do Trabalho americano.

A alta de preços desacelerou de 3,4% em dezembro para 3,1% no mês passado, no acumulado em 12 meses, mas a expectativa era que o indicador cairia abaixo dos 3% pela primeira vez desde março de 2021 – o que jogou um balde de água fria nas chances já pequenas de o Fedederal Reserve (Fed, o banco central americano) cortar os juros americanos já em março.

Uma inflação mais persistente pode fazer com que os juros demorem mais a cair nos EUA (e no restante do mundo), o que levou a um movimento de aversão a risco nos mercados. As bolsas recuaram globalmente, e os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) dispararam.

Neste contexto, investidores buscam ativos de menor risco e o dólar acaba se valorizando. Juros mais altos por mais tempo também tornam a moeda americana mais “atrativa” frente às concorrentes, o que também reforça o movimento de fortalecimento da divisa.

Não houve negociação do dólar à vista na B3 nem hoje nem na segunda-feira (12), devido ao feriado de Carnaval. A moeda americana fechou a sexta-feira (9) em baixa de 0,72% frente ao real, cotado a R$ 4,9595, devido a menores temores com a inflação americana.

Índice DXY

Também conhecido como US Dollar Index, o DXY foi desenvolvido pelo próprio Federal Reserve em 1973, para ser um parâmetro sobre o valor do dólar frente a outras divisas. O índice é composto por 6 moedas: euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço.

Um DXY em alta significa que o dólar está se fortalecendo em relação às moedas da cesta, o que pode ser interpretado como um sinal de demanda por dólares (e, por consequência, uma aversão a risco).

(Com Reuters)

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Por: Lucas Sampaio – InfoMoney

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