Ibovespa sobe 0,14%, aos 109,9 mil pontos; Magazine Luiza (MGLU3) lidera altas

Ibovespa hoje. Foto: PIxabay
Ibovespa hoje. Foto: PIxabay

Ibovespa hoje fechou a quinta-feira (8) em alta de 0,14%, em 109.915,64 pontos, após oscilar entre 108.618,97 e 110.767,67 pontos. O giro financeiro da sessão somou 24,7 bilhões de reais.

A sessão do dia foi marcada por investidores retornando do feriado do Dia da Independência, com o radar apontando números mais fracos do que o esperado sobre o comércio exterior chinês, divulgados na madrugada de quarta-feira (7). Além disso, a fala de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, e a decisão de juros na zona do euro também refletiu no Ibovespa.

No câmbio, o dólar não marcou direção única ante rivais nesta quinta-feira,mas avançava ante o euro no fim da tarde, após operadores digerirem a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de subir os juros em 75 pontos-base, além de comentários de tom hawkish do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

No maior aumento de juros de sua história, o Banco Central Europeu optou por uma alta de 75 pontos-base hoje, decisão mais agressiva dentre as duas aparentemente disponíveis para a reunião de hoje.

Ao mesmo tempo, o BCE e sua presidente, Christine Lagarde, anteciparam que mais aperto monetário virá adiante. A entidade ainda revisou suas projeções para a economia da zona do euro, elevandoas de inflação e reduzindo as de crescimento.

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York registraram ganhos. Após abertura negativa, com a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no radar, os índices passaram ao território positivo, embora com impulso contido, com o setor financeiro como destaque, ao lado do de saúde.

  • Dow Jones: +0,61%, aos 31.774,52 pontos;
  • S&P 500: +0,66%, aos 4.006,18 pontos;
  • Nasdaq: +0,60%, aos 11.862,13 pontos.

dólar à vista fechou em baixa de 0,61%, a R$ 5,2062, após oscilar entre R$ 5,1820 e R$ 5,2385.

Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos nesta quinta-feira. A commodity recuperou parte das perdas de mais de 5% da sessão anterior, com investidores atentos a sinais da política monetária dos dois lados do Atlântico. No setor, os estoques do óleo nos EUA cresceram bem acima do previsto na última semana.

O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,95% (US$ 1,60), em US$ 83,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 1,31% (US$ 1,15), a US$ 89,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ouro fechou em queda, pressionado pela perspectiva de juros mais altos. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) elevou os juros em 75 pontos-base, enquanto nos Estados Unidos o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou o compromisso da instituição em agir para conter a inflação.

O ouro para dezembro fechou em baixa de 0,44%, em US$ 1.720,80 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

No Ibovespa hoje, os ativos atrelados ao consumo, como o setor varejista, aéreas e construtoras, foram destaque entre as maiores altas do índice nessa sessão pós-feriado, com a queda dos juros futuros e da expectativa de deflação em agosto no IPCA, que será divulgado amanhã.

Quem liderou no ranking positivo foi Magazine Luiza (MGLU3), com +7,25%, seguida por Azul (AZUL4), que subiu 6,46%. Também acompanhou Via (VIIA3), que ganhou 5,54%, Gol (GOLL4), com alta de 5,36% e MRV (MRVE3), que valorizou 5,06%.

No campo oposto, o setor de destaque foi o de frigoríficos, impactados com a queda do dólar. Na liderança do campo negativo, Marfrig (MRFG3) perdeu 5,84% e JBS (JBSS3) cedeu 4,99%.

Ainda, papéis ligados ao petróleo refletiram o tombo de quase 6% da commodity no dia anterior, sem pregão doméstico: PetroRio (PRIO3), com -4,07%, 3R Petroleum (RRRP3), que caiu 4,01% e Braskem (BRKM5), que caiu 4,00%.

Petrobras (PETR3, PETR4) desvalorizou 1,00% e 0,93%, respectivamente. Já Vale (VALE3) subiu 1,32%, apoiada no melhor guidance da companhia para níquel e cobre.

Grandes bancos fecharam com sinal negativo: Itaú (ITUB4) caiu 0,71%, Santander (SANB11) baixou 0,64%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) cedeu 0,38% e 0,57%, nesta ordem e Banco do Brasil (BBAS3) perdeu 0,43%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Vale (VALE3) pode liberar R$ 80 bilhões em valor de mercado, diz BTG
  • IRB Brasil (IRBR3): ‘Dá para investir, mas agora não é o momento’, diz BTG

Vale (VALE3) pode liberar R$ 80 bilhões em valor de mercado, diz BTG

Vale (VALE3) tem muito o que explorar em sua divisão de metais básicos, podendo liberar até cerca de R$ 80 bilhões em valor de mercado, segundo BTG Pactual informou nesta quinta-feira (8).

O time de analistas do BTG divulgou relatório com as estimativas após fazer visita a uma instalação da Vale em Sudbury, nos Estados Unidos.

No encontro com os analistas, foram divulgados dados sobre a sua divisão de metais básicos da Vale que animaram o BTG.

Segundo a casa, foram quatro os pontos levantados pela gerência da Vale para sustentar a tese de que a divisão atualmente se encontra subvalorizada, sendo eles:

  • o potencial de longo prazo dos mercados de níquel e cobre;
  • o bom posicionamento da base de ativos da Vale, que aproveitará novas tendências estruturais;
  • o processo de turnaround em andamento na unidade;
  • e o potencial de crescimento a partir de um robusto pipeline de projeto.

Considerando um Ebitda de US$ 4,5 bilhões e um múltiplo EV/Ebitda de 7x, o BTG estima o valor de US$ 31,5 bilhões para a divisão de metais básicos da Vale, com o potencial de liberação de cerca de US$ 15 bilhões em valor de mercado — o que corresponde a cerca de 25% do atual valor de mercado da Vale.

IRB Brasil (IRBR3): ‘Dá para investir, mas agora não é o momento’, diz BTG

Em relatório sobre as ações do IRB Brasil (IRBR3), analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram que a companhia é ‘investível’, mas não é o momento de fazer o aporte. Os analistas mantêm recomendação neutra para os papéis, vendo um cenário ainda desfavorável.

Em termos de preço, os analistas do BTG miram R$ 1,30 de preço alvo para as ações do IRB, enquanto os papéis negociam a cerca de R$ 1,20 atualmente.

Na análise, Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel afirmam que a oferta de ações feita pela resseguradora é a ‘chave para a recuperação da empresa’, mas não um gatilho para um investimento em IRBR3 no momento atual.

Segundo o relatório, o IRB Brasil foi ‘renovado’ em virtude de uma mudança na gestão e na governança – alterações que ocorreram após a empresa protagonizar um escândalo contábil e despencar na bolsa de valores no início de 2020.

Ou seja, com a reestruturação o IRB está ‘investível’ novamente. Contudo, o cenário para o segmento da empresa segue desafiador – ponto que é utilizado para embasar a recomendação neutra para os papéis por parte do BTG.

“O mercado de resseguros está se tornando cada vez mais difícil nos dias atuais (o que também pode ser bom para fazer preços atrativos). Também não vimos qualquer ressegurador capaz de ocupar o lugar do IRB à frente da indústria brasileira, enquanto capital e uma taxa Selic mais alta devem ajudá-lo a tornar-se lucrativo novamente. Porém, ainda não gostamos da relação entre risco e retorno dos papéis”, diz a casa.

Especificamente sobre a operação feita pela empresa, o BTG cita que a oferta primária do IRB foi algo “fundamental”, já que a empresa precisava regularizar seus indicadores de liquidez.

Isso porque a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) exige um patamar de liquidez mínimos das companhias, e o IRB corria o risco de ficar abaixo do mínimo obrigatório, dados os patamares que constavam nos balanços financeiros.

“A oferta, ao preço de R$ 1 por ação, desencadeou a emissão de 1,2 bilhão de novas ações (aproximadamente +100% ante a contagem de ações anterior), aumentando seu patrimônio em R$ 1,2 bilhão. Embora este preço esteja cerca de 50% abaixo de onde a ação estava sendo negociada há alguns dias antes do anúncio da oferta, ela ainda fica acima do preço mínimo autorizado (R$ 0,67) e também das nossas projeções”, apontam os analistas sobre o IRB.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +0,14%
  • IFIX hoje: -0,09%
  • IBRX hoje: +0,11%
  • SMLL hoje: +0,73%
  • IDIV hoje: -0,11%

Cotação do Ibovespa nesta terça (6)

Ibovespa fechou o pregão da última terça-feira (6) em queda de 2,17%, aos 109.763,77 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Por: Victória Anhesini – Suno

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