Dia (bem) ruim para as varejistas: por que Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Natura (NTCO3) caíram em bloco no Ibovespa hoje?

Dia (bem) ruim para as varejistas: por que Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Natura (NTCO3) caíram em bloco no Ibovespa hoje?

Enquanto o Ibovespa hoje (18) fechou em alta, as varejistas caíram em bloco. Após o governo recuar sobre o fim da isenção de tributos em compras internacionais de até US$ 50, as empresas do setor não conseguiram segurar a queda.

Confira o desempenho das varejistas no Ibovespa hoje:

  • Magazine Luiza (MGLU3): -3,28%
  • Via (VIIA3): -2,03%
  • Natura (NTCO3): -2,50%
  • Renner (LREN3): -4,12%
  • Alpargatas (ALPA4): -2,95%
  • Arezzo (ARZZ3): -0,90%

Vale lembrar que a taxação de compras internacionais acima de US$ 50 é uma demanda das varejistas brasileiras. As empresas do setor afirmam que há uma concorrência desleal, visto que sem a devida tributação os produtos internacionais ficam mais baratos do que os nacionais — conquistando a preferência dos consumidores.

Junto a isso, as empresas lembram que a isenção da tributação deve ocorrer em transações em que os dois lados da ponta são pessoas físicas – não entre empresas e clientes. Com sites e apps traduzidos para o português e opções de pagamento iguais às das varejistas nacionais, os consumidores têm a mesma facilidade de compra em e-commerces estrangeiros do que nas versões digitais de varejistas nacionais.

“Nas operações B to C (business to consumer), em que você tem uma pessoa jurídica de um lado, no caso, as plataformas internacionais, e os consumidores brasileiros do outro, não é legal este tipo de operação”, defende Edmundo Lima, porta-voz da Associação Brasileira de Varejo Têxtil (Abvtex).

Impacto nas ações do MGLU3 e varejistas: Governo recua e mantém isenção de R$ 50

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça (18) que o governo voltou atrás em relação à taxação de produtos importados e manterá a isenção nas compras de até US$ 50 feitas por pessoas físicas — a medida poderia respingar em compras feitas na Shein, Aliexpress e Shopee, o que gerou uma repercussão negativa entre os consumidores.

“O presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] nos pediu, ontem, para resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando. Nós sabemos que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando as demais”, declarou o ministro da Fazenda.

Segundo Haddad, o governo não irá mais acabar com a regra que isenta compras internacionais feitas entre pessoas físicas com valor de até US$ 50.

A jornalistas, o ministro reafirmou que o governo buscará formas para aumentar a fiscalização e taxar empresas que, segundo ele, burlam as regras brasileiras e prejudicam as varejistas brasileiras.



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Por: Janize Colaço – Suno

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