Bolsas de Nova York caem após nova inflação nos EUA afastar corte de juros do Fed

As bolsas de Nova York fecharam em queda robusta depois que leitura da inflação ao consumidor dos EUA surpreendeu o mercado ao vir mais forte que o esperado, adiando a precificação para o início dos cortes de juros do Federal Reserve (Fed). Ainda, investidores monitoraram resultados da temporada de balanços.

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Em resumo sobre as bolsas de Nova York hoje, o Dow Jones fechou em queda de 1,35%, a 38.272,75 pontos; o S&P 500 recuou 1,37%, a 4.953,17 pontos; e o Nasdaq perdeu 1,80%, a 15.655,60 pontos. Na divisão de setores da S&P, consumo discricionário (-1,96%) e imobiliário (-1,84%) lideravam as perdas.

A aversão ao risco em Wall Street se consolidou nesta manhã ainda no pré-mercado, na esteira da leitura de inflação mais forte nos EUA. Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,3% em janeiro ante dezembro e 3,1% na taxa anual. Apesar de desacelerar na comparação com o mês anterior, ambos os números vieram acima das expectativas de 0,2% e 2,9%, respectivamente, e seguem elevados em comparação à meta de 2% de inflação ao ano do Fed.

Na visão do CIBC, os dados apontam que a desinflação desejada pelo BC americano ainda não está acontecendo. Em nota, a Capital Economics observa que os dados servem como argumento para a narrativa de que “a última parte é a mais difícil” no combate à inflação, comentário que tem sido frequente em falas de dirigentes do Fed.

Em geral, o consenso dos analistas é o de que os dados adiam para junho a possibilidade de um primeiro corte de juros pelo Federal Reserve – e esta perspectiva também é refletida pela precificação do mercado. Conforme a ferramenta de monitoramento do CME Group, a chance de uma redução das taxas em junho encerrou o dia em 72,1%, ante 54,4% logo após o dado. Anteriormente, o mercado ainda concentrava em maio a probabilidade majoritária de cortes de juros.

Bolsas de Nova York repercutem divulgação de CPI, de olho em balanços

A perspectiva de uma postura mais rígida do Fed por período prolongado pesou sobre as ações de bancos americanos nas bolsas de Nova York. No fechamento, o Goldman Sachs caiu 3,54%, o Morgan Stanley cedeu 3,34%, o Citigroup recuou 2,15%, o Bank of America perdeu 2,59% e o JPMorgan desvalorizava 0,87%. Entre bancos regionais, o Western Alliance teve queda de 5,77% e o New York Community Bank cedeu 5,17%. O índice de bancos regionais do Nasdaq, o KBW, caiu 2,93%.

Além de dados macroeconômicos, Wall Street também seguiu de olho em resultados da temporada de balanços corporativos. Mesmo atendendo ou superando expectativas em seus resultados, a Coca-cola (-0,59%), Restaurant Brands International (-4,48%) e Zoetis (-6,71%) fecharam o pregão em queda. Já a Kellogg ganhou 8,09%, depois de reverter prejuízo e lucrar US$ 15 milhões no quarto trimestre de 2023. Com divulgação de balanço prevista para depois do fechamento do mercado, a AIG subiu modestos 0,52%.

Ainda sobre o desempenho das ações das bolsas de Nova York, a Blackberry caiu 3,56%, seguindo anúncio sobre cortes adicionais de empregos para aumentar sua lucratividade, enquanto a JetBlue saltou 21,58%, depois que o especialista em aquisições de controle acionário dos Estados Unidos, Carl Icahn, aumentou sua participação acionária. Já o índice MSCI caiu 2,50%, após retirar 66 empresas de seu índice de referência focado na China.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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Por: João Vitor Jacintho – Suno

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