Ambev (ABEV3) sobe mais de 5% após pedido de recuperação judicial de concorrente

Ambev (ABEV3) sobe mais de 5% após pedido de recuperação judicial de concorrente

As ações da Ambev (ABEV3) dispararam nesta terça-feira (28), com os papéis da fabricante de cerveja avançando 5,17%, cotados a R$ 14,65, por volta das 16h20. Isso porque o Grupo Petrópolis, dono de marcas como Itaipava, Crystal e Petra, entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro.

Segundo a defesa da empresa, uma das principais concorrentes da Ambev, as dívidas somam R$ 4,2 bilhões. Desse montante, 52% dos débitos são com fornecedores e terceiros, enquanto os 42% restantes correspondem a passivos financeiros.

Nesta terça (28), a Justiça concedeu ao grupo responsável pela Itaipava uma tutela cautelar de urgência que determinou a liberação dos recursos da companhia pelo Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa.

A rival da Ambev afirma que a tutela era urgente a fim de evitar um “iminente estrangulamento do fluxo de caixa”.

Ambev recuperou maior parte da participação de mercado

Enquanto Grupo Petrópolis entra com pedido de recuperação judicial, os analistas do BTG Pactual estimam que a Ambev “recuperou a maior parte, senão toda a participação de mercado que havia perdido” entre os anos de 2015 a 2019.

Na interpretação do BTG Pactual, “ao sacrificar quase metade da margem Ebitda” e renunciar a aproximadamente 43% de participação no setor, a fabricante de bebidas Ambev “conseguiu reposicionar as marcas principais para ‘lutar’ no segmento de produtos mais baratos”.

Segundo os analistas, com base na atual margem, preferência de marca e estimativa de participação justa de mercado, a crença é “que tudo só fará sentido econômico se a Ambev começar a entregar melhores preços”.

Os analistas ainda comentam que a fabricante “não é mais um ativo com múltiplo alto, embora não achemos que mereça”. O BTG Pactual cita que as ações da Ambev são negociadas com desconto em relação aos pares. No entendimento da instituição, isso contribui para o melhor risco/retorno visto “em anos”



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Por: Janize Colaço – Suno

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