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Stone (STOC31) amarga prejuízo bilionário ao zerar ações no Inter (INBR32)

Stone (STOC31): lucro ajustado tem alta. Foto: Reprodução Facebook
Stone (STOC31). Foto: Reprodução Facebook

A Stone (STOC31) zerou sua participação acionária no Inter (INBR32). Em comunicado enviado ao mercado na quarta (1º), a empresa de meios de pagamento explicou que a operação foi fechada por um preço equivalente a R$ 218 milhões. Em 2021, a fintech havia investido R$ 2,5 bilhões no banco digital.

“A StoneCo. Ltd. anuncia que vendeu 16,8 milhões de ações do Banco Inter, representando a totalidade da participação da StoneCo. na empresa. As ações foram vendidas pelo preço de R$ 12,96, equivalente a R$ 218 milhões. O movimento segue o objetivo de Stone de se concentrar na operação principal de serviços financeiros e software”, ressaltou a companhia em comunicado à imprensa.

No segundo trimestre de 2022, a empresa fez uma venda parcial equivalente a 21,5% das ações que tinha do Inter, graças a opção de saque oferecida na reestruturação societária do Inter.

Hoje, com os R$ 2,5 bilhões investidos no passado, seria possível comprar quase metade do Inter. O banco mineiro está avaliado em cerca de US$ 1 bilhão na Nasdaq, bolsa norte-americana.

No posicionamento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Inter afirmou que “a venda dos BDRs pela Stone no mercado aberto pode contribuir para o aumento da liquidez das ações da Inter & Co”.

Com rentabilidade próxima de zero, Inter brilha os olhos do BTG e do UBS-BB

Inter revelou metas ousadas nos últimos dias, como chegar a 60 milhões de clientes até 2027. Com essas novidades, o BTG Pactual e o UBS-BB recomendam a compra dos papéis. Contudo, o banco de André Esteves avisa que um dos desafios da empresa mineira será ajustar a sua rentabilidade, que está próxima do zero.

“O Inter se mostrava claramente entusiasmado com suas oportunidades de longo prazo e metas de eficiência e lucratividade para 2027. No entanto, para viabilizar o plano de longo prazo, o Inter&Co precisa primeiro aumentar a rentabilidade (que hoje está próxima de zero)”, sentencia os analistas do BTG Pactual Eduardo Rosman, Thiago Paura, Ricardo Buchpiguel e Vitor Melo.

Outra meta apresentada pelo Inter é conseguir entregar nos próximos cinco anos um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 30%, com lucro líquido superior a R$ 5 bilhões. O BTG trabalha com estimativas de 15% para esse indicador, enquanto o UBS-BB vislumbra 17%.

Os analistas do UBS-BB Thiago Batista e Olavo Arthuzo argumentam que alcançar esse ROE é algo “desafiador”. “Esperamos um longo caminho pela frente e cheio de desafios antes de atingir tal rentabilidade”, projeta o banco.

“Vemos o Inter como uma das melhores plataformas para pessoas físicas, com uma marca forte capaz de atrair depósitos ao mesmo tempo em que oferece diversos produtos e uma ótima experiência do usuário”, destaca o BTG, que conta com recomendação de compra para as BDRs do Inter, com preço-alvo de R$ 19. O UBS-BB recomenda a compra das ações do Inter na Nasdaq, com preço-alvo de US$ 5.

Segundo o Status Invest, por volta das 10h30 desta quinta (2), as BDRs do Inter estavam em alta de 0,23%, ao preço de R$ 12,96. Já as BDRs da Stone marcavam alta de 1,18%, sendo negociadas por R$ 58,09.



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Por: Erick Matheus Nery – Suno

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