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Rumo (RAIL3): BTG Pactual mantém recomendação de compra e preço-alvo após início de projeto

Rumo (RAIL3): BTG Pactual mantém recomendação de compra e preço-alvo após início de projeto
Rumo (RAIL3): BTG Pactual mantém recomendação de compra e preço-alvo após início de projeto. Foto: Reprodução Facebook

A Rumo (RAIL3) anunciou o início do primeiro trecho do projeto Lucas do Rio Verde. Com isso, o BTG Pactual manteve a recomendação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 27,00.

De acordo com o fato relevante da Rumo, o primeiro trecho do projeto ligará o atual terminal de Rondonópolis (sudeste do MT) ao primeiro novo terminal, localizado a 211 km em Campo Verde.

As projeções apontam que o projeto da Rumo deve ser concluído em 3 anos no primeiro trecho e planeja iniciar as operações até o primeiro trimestre de 2026 (1T26).

Além disso, a estimativa para o capex de construção da Rumo está no intervalo de R$ 4,0 bilhões a 4,5 bilhões para a linha de Campo Verde, distribuído ao longo dos anos de 2023 e 2025.

A capacidade instalada do terminal deve ficar na casa de 10 a 30 milhões de toneladas por ano. Para o curto prazo, o BTG Pactual destaca que vários detalhes novos do projeto não foram revelados, de modo que esses aspectos devem repercutir ao investidor no momento.

Estimativa de capex aumenta, mas volumes e tarifas também crescem

O capex total estimado para o projeto LDRV cresceu para o intervalo de R$ 14 a 15 bilhões, frente a uma projeção anterior na casa dos R$ 9 e 11 bilhões, considerando todas as fases.

Os investidores já se perguntavam sobre a probabilidade de alta no capex do projeto da Rumo, por conta do crescimento relevante da inflação de matérias-primas nos últimos meses.

Apesar disso, o ajuste de capex de 45% ainda deve ser visto como grande, na visão dos analistas do BTG.

A Rumo também atualizou as projeções de longo prazo para as exportações de grãos no Mato Grosso, que passaram de 81 milhões de toneladas por ano para 87 milhões de toneladas por ano até 2030.

Essa atualização mostra que os recentes fatos no mercado global de grãos acabaram beneficiando o agronegócio brasileiro.

Enquanto isso, as tarifas implícitas também devem ser maiores, por conta de uma competitividade maior do corredor Rondonópolis Santos da Rumo, frente à rota alternativa de Miritituba.

A estimativa de R$ 4,0 a 4,5 bilhões em capex no primeiro trecho não inclui o capex para os terminais ou equipamentos de material rodante.

Além disso, a Rumo divulgou uma parceria com um grande cliente de trading, para quem será transferido o risco de capex das primeiras 10 milhões de toneladas de capacidade do terminal.

“Em teoria, isso dará a Rumo flexibilidade para adicionar mais capacidade em Campo Verde (até 20 milhões de toneladas) de acordo com o processo de licenciamento do terminal da  segunda fase, em Nova Mutum”, diz o relatório do BTG Pactual.

Sobre o material rodante, os investimentos da Rumo estão previstos em R$ 25 milhões por tonelada para os grãos migrados de Rondonópolis e R$ 270 milhões por toneladas para a carga incremental capturada pela nova linha.

“Acreditamos que esse detalhe mostra uma característica importante do projeto: a capacidade da Rumo de capturar participação de volume incremental no Mato Grosso e trazer cargas de grãos de outros corredores”, completam os analistas.



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Por: João Vitor Jacintho – Suno

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