Nesta terça-feira (7), o deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) entrou com uma Ação Popular para suspender a indicação de João Luiz Fukunaga à presidência da Previ. À CNN, o político justificou que o indicado não possui qualificações técnicas para gerir o fundo de pensão do Banco do Brasil (BBAS3) e que ele possui “um histórico sindicalista”.
“Apresentamos uma ação popular. A justificativa é por se tratar de um dos maiores fundos de pensão da América Latina. Qualquer pessoa que tenha um fundo desse na mão precisa ter qualificação técnica para gerir”, disse Siqueira à CNN.
O Previ é atualmente o maior fundo de previdência da América Latina, com ativos na ordem de R$ 250 bilhões. O Banco do Brasil foi procurado pela emissora, que afirmou que a indicação e aprovação de Fukunaga foi feita por meio de decisões colegiadas, cumprindo normas da companhia.
“O Banco do Brasil informa que a indicação de João Luiz Fukunaga foi aprovada pelos ritos de governança, com decisões colegiadas, tanto no BB, como na Previ, atendendo a todas as exigências previstas nos processos de Elegibilidade de ambas instituições. A indicação também obteve aprovação da Previc, órgão regulador das entidades de previdência complementar”, comunicou o banco.
Quem é João Luiz Fukunaga?
No dia 27 de fevereiro, Fukunaga recebeu da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) o atestado de habilitação de dirigente. Em nota, a entidade destaca que processo seguiu as regras do órgão regulado. No dia seguinte, Fukunaga tomou posse como presidente da Previ.
“A habilitação prévia reforça as práticas da boa governança corporativa e promove uma gestão técnica, voltada para o cumprimento da missão da Previ, de pagar benefícios a todos nós, associados, de forma eficiente, segura e sustentável”, afirmou o fundo em nota.
Fukunaga é funcionário do Banco do Brasil e associado do Previ Futuro desde 2008. Formado em História e com mestrado em História Social pela PUC-SP, Fukunaga iniciou sua carreira como professor do Ensino Médio e também atuou como pesquisador.
Em 2012, ele assumiu a direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo e foi coordenador nacional da Comissão de Negociação dos Funcionários do Banco do Brasil.
Em janeiro do ano passado, Fukunaga foi escolhido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), entidade que reúne os maiores sindicatos do País, para o cargo de auditor sindical, atuando nas negociações entre funcionários e a direção do banco.
Por: Janize Colaço – Suno