Com enfraquecimento do dólar, os contratos futuros de petróleo se beneficiaram do movimento e subiram mais de 3% nesta terça-feira (23).
Além disso, do lado da oferta, investidores seguem monitorando as negociações para um eventual novo acordo nuclear com o Irã e também a produção da commodity pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 3,74% (US$ 3,38), a US$ 93,74 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para o mesmo mês, na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 3,88% (US$ 3,74), a US$ 100,22 o barril.
O economista Edward Moya, da Oanda, destaca que os preços do petróleo estão subindo, já que o rali do dólar parou abruptamente, devido a preocupações com o crescimento.
“Um enfraquecimento da economia dos EUA deve ser uma má notícia para o petróleo, mas as leituras econômicas suaves de hoje sugerem que a Opep+ poderá facilmente justificar os cortes de produção em breve. O mercado de petróleo permanecerá apertado se a atividade de negócios continuar a enfraquecer acentuadamente ou se o crescimento econômico permanecer instável”, analisa, em relatório enviado a clientes.
A Arábia Saudita e também alguns de seus aliados na produção de petróleo sugerem que podem cortar a oferta, o que desaponta autoridades dos Estados Unidos que previam um papel de Riad para enfraquecer o mercado, após o presidente norte-americano, Joe Biden, se reunir pela primeira vez com o príncipe Mohammed bin Salman no escritório deste, reporta o Wall Street Journal.
O Irã, por sua vez, retirou parte de suas principais exigências para retomar o acordo a fim de controlar o programa nuclear de Teerã, incluindo a insistência de que inspetores internacionais encerrem algumas investigações de seu programa atômico, o que deixa mais perto um possível acordo, afirmou um graduado funcionário dos Estados Unidos à agência Reuters.
No entanto, para o TD Securities, quando se trata do possível acordo com o Irã, nenhuma notícia foi boa. “O relógio está correndo para uma resolução que tem o potencial de gerar uma erosão contínua e substancial dos prêmios de risco de fornecimento, mas uma possível solução parece ameaçada por riscos legais e políticos que obscurecem as perspectivas. O fracasso em chegar a um acordo sugeriria que o petróleo ainda está em um trem descontrolado, já que mesmo a desaceleração do crescimento na demanda ainda continuaria a minar a capacidade ociosa do mundo”, argumenta.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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Por: Victória Anhesini – Suno