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Oi (OIBR3) contesta pedido de bancos por bloqueio de bens

Oi (OIBR3). Foto: Getty Images.
Oi (OIBR3). Foto: Getty Images.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi (OIBR3) contestou o pedido de bloqueio de bens feito pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4). Na segunda (21), a empresa de telecomunicações argumentou que essa iniciativa das instituições financeiras está “em discordância” com o acordado no plano de recuperação judicial da empresa.

“O pedido feito pelos bancos está em discordância com os requisitos, condições e gatilhos previstos no aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi”, ressaltou a companhia no comunicado ao mercado.

Na semana passada, o Broadcast revelou que os bancos pediram a prorrogação do processo de recuperação judicial da companhia e o bloqueio dos bens para o pagamento da dívida de R$ 6,9 bilhões.

Na visão das instituições financeiras, a Oi estaria “maquiando” contas para driblar o pagamento da dívida, acusação negada pela empresa.

Porém, na contramão dessa iniciativa dos bancos, o Ministério Público pediu que o processo de recuperação judicial fosse encerrado. Na visão dos promotores, a Oi cumpriu as obrigações previstas no acordo.

O que diz a Oi?

No comunicado ao mercado, a Oi argumentou que existem condições no acordo de recuperação judicial para que ela faça o pré-pagamento de alguns credores, dentre eles os bancos, em até três rodadas, após a aplicação de um desconto de 55%.

No entanto, “até o momento, o que se pode constatar é que não foram atendidas as condições previstas para o pré-pagamento com desconto mencionado”, destacou a Oi.

“Em resposta ao pedido dos bancos, a Oi esclareceu e demonstrou nos autos do processo de recuperação judicial que não foi, até o momento, atingido um valor positivo no cálculo da receita líquida dos eventos de liquidez”, reforçou a companhia, que informou ao mercado que “não cabe qualquer direito no pedido de constrição feito pelos bancos”.

No informe, a Oi também ressaltou que esse fato não justificaria a prorrogação do processo de recuperação judicial, pois a empresa cumpre todas as obrigações previstas no acordo de recuperação judicial.

As ações da Oi fecharam o pregão de segunda cotadas a R$ 0,22.



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Por: Erick Matheus Nery – Suno

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