O SMLL, índice que representa as small caps da bolsa de valores brasileira (B3), registrou baixa de 1,84% em setembro. Sendo assim, acabou revertendo parte da valorização obtida em agosto, encerrando o período com cerca de 2.174 pontos.
O índice de small caps teve sua quinta queda mensal do ano de 2022. Sua performance de setembro se descolou dos demais índices de renda variável, já que o Ibovespa subiu 0,47% e o IFIX teve alta de 0,49%.
Os analistas apontam que os ativos de renda variável no Brasil poderão ter um cenário mais positivo após o encerramento do ciclo de alta dos juros. O Copom, em sua última reunião realizada, trouxe sinalizações de que com uma melhora nos índices inflacionários e de suas projeções, a Selic pode não precisar de novos aumentos.
Esse movimento pode favorecer o mercado de ações, incluindo as small caps, que são as empresas com uma menor capitalização. No mês de setembro, os investidores acompanharam os desdobramentos do processo eleitoral, além de repercutir a manutenção da taxa básica de juros do Copom em 13,75% ao ano.
O índice de small caps fechou alguns pregões em alta até o dia 5 de setembro, porém acabou devolvendo os ganhos com uma baixa de 2,68%. Em seguida, voltou a subir até o dia 12, quando registrou a pontuação máxima do mês, mas voltou a recuar até o dia 16.
O SMLL se recuperou até o dia 22, porém entrou em tendência de queda até o dia 29, registrando sua mínima mensal. Na última sessão de setembro, o índice teve uma alta de 2,20%.
Entre as principais quedas de small caps do mês está o IRB (IRBR3), que variou -32,93%. Outra small cap que se destacou no período foi a Marfrig (MRFG3), com uma baixa de 24,94% em seu preço.
Além disso, outros destaques negativos foram a Gafisa (GFSA3), caindo 24,65%, e Minerva (BEEF3), com uma queda de 18,83%. Fechando o ranking, a ação do Sequoia (SEQL3) teve uma baixa de 18,65%.
Assim, as 5 small caps que mais caíram no mês de setembro foram:
- IRB (IRBR3): -32,93%
- Marfrig (MRFG3): -24,94%
- Gafisa (GFSA3): -24,65%
- Minerva (BEEF3): -18,83%
- Sequoia (SEQL3): -18,65%
Vale destacar que três das cinco empresas que estão entre as maiores quedas de small caps também se posicionaram entre os principais destaques negativos do Ibovespa em setembro.
Como funciona o índice de small caps (SMLL)?
O Índice de Small Caps (SMLL), segundo a B3, é uma carteira teórica de ações, com critérios e metodologias próprias estabelecidas pela bolsa de valores do Brasil. O seu principal objetivo principal é medir o desempenho das ações de empresas que possuem uma menor capitalização de mercado.
As empresas que fazem parte do índice SMLL também precisam estar listadas na B3 e não podem estar na lista de companhias que representam 85% da capitalização total de mercado das empresas listadas na bolsa.
Para compor o SMLL, também é necessário que a empresa componha a lista de 99% das empresas mais negociadas da bolsa. A categoria que está abaixo das small caps é conhecida como “penny stock”, que representa as companhias com cotações menores que R$ 1,00.
Importante destacar que o SMLL não se trata de um ativo que pode ser negociado em bolsa, uma vez que ele é apenas uma carteira teórica representativa de small caps.
Apesar disso, é possível comprar e vender conjuntos de small caps com a aquisição de ETFs, como a iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice (SMAL11), por exemplo.
Por: João Vitor Jacintho – Suno