O Boletim Focus, que estava suspenso desde o começo de junho por causa da greve dos funcionários do Banco Central (BC), voltou a ser divulgado em atualização nesta sexta-feira (8) e indicou que a inflação prevista para 2022 deverá ser de 7,79%; para 2023, a previsão é de 5,01%. Foram também divulgadas pelo banco todas as previsões do mercado de 6 de maio a 1 de julho.
Os números representam uma redução de 1,10 e uma alta de 0,62 ponto percentual correspondentemente, em relação ao último Boletim Focus divulgado pela instituição, publicado no passado 6 de junho.
A mediana das expectativas anteriores do mercado para o IPCA era de 8,89%.
Apesar da redução da expectativa para 2022, a projeção do mercado para 2023 foi levemente elevada, a 5,01%. A mediana das previsões anteriores foi de 4,39%.
Mercado prevê aumento do PIB em 2022; crescimento em 2023 pode desacelerar
Por outro lado, segundo o relatório, o mercado projeta um crescimento de 1,51% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022 e 0,50% para 2023 — que representa uma alta de 0,31 ponto percentual para este ano e uma queda de 0,26 para 2023, em relação às últimas previsões do mercado.
As expectativas do mercado financeiro para a taxa básica da economia apontam uma Selic de 13,75% no final de 2022, com aumento de 0,50 ponto percentual, como já era esperado pelo mercado. Para o próximo ano, estima-se que a taxa chegue a 10,50%. Já a previsão projetada para o dólar é de US$ 1 = R$ 5,09 para 2022, com leve aumento de 0,1 ponto percentual o próximo ano.
Resumo do Boletim Focus
Veja, em detalhes, as projeções mais importantes para 2022 e 2023:
2022
- PIB: previsão de crescimento da economia aumentou para 1,51%;
- IPCA: diminuiu para 7,79%;
- Taxa Selic: aumentou para 13,75%;
- Dólar: aumentou para R$ 5,09;
2023
- PIB: estimativa diminuiu para 0,50%;
- IPCA: aumentou para 5,01%;
- Taxa Selic: aumentou para 10,50%;
- Dólar: aumentou para R$ 5,10;
A previsão do mercado financeiro, o relatório do Boletim Focus, é elaborado semanalmente pelo Banco Central. São utilizadas as projeções dos especialistas das 100 principais instituições ligadas ao mercado financeiro do Brasil.
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Por: Jorge C. Carrasco – Suno