O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (8) com alta de 0,85%, aos 106.042,15 pontos, após oscilar entre 105.161,13 e 106.715,75. O volume financeiro do dia somou R$ 28,9 bilhões.
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A bolsa de valores hoje estendeu o otimismo do fechamento da última sexta, ainda repercutindo positivamente notícias dos Estados Unidos em relação à diminuição de possibilidade de uma recessão. Apesar disso, nas bolsas de Nova York, o fechamento foi de estabilidade. Confira abaixo:
- Dow Jones: -0,17% (33.618,55 pontos);
- S&P500: +0,05% (4.138,12 pontos);
- Nasdaq: +0,18% (12.256,92 pontos).
“Os dados do Payroll mostraram um aquecimento da economia norte-americana, mas não tanto a ponto de forçar o Federal Reserva (Fed) a subir mais os juros nas próximas reuniões em virtude também da crise bancária”, ou seja, dados mostraram que a recessão não está tão próxima assim, o que é muito positivo”, explica Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.
O especialista destaca que a indicação do economista Gabriel Galípolo para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) repercutiu no Ibovespa hoje. “É um nome muito bom no que diz respeito à questão técnica. Mas há quem veja a nomeação de forma negativa, por ele ser uma pessoa de esquerda — o que mostra que o governo está fazendo uma indicação política, que pode atuar de acordo com a linha do governo em relação a baixar os juros.”
Diante disso, os juros caíram na ponta curta, devido à expectativa de uma pressão maior dentro do BC para os juros caírem. Já na ponta mais longa, eles subiram. Outro impacto da indicação de Galípolo foi refletido na cotação da moeda americana.
O dólar hoje subiu e fechou em alta (+1,37%), cotado a R$ 5,0115. Durante o dia, a moeda oscilou entre R$ 4,9442 e R$ 5,0175.
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Também tiveram altas hoje as blue chips do Ibovespa. A Vale (VALE3) e seus pares na mineração e siderurgia foram positivamente impactadas com um novo otimismo dos investidores em relação à economia chinesa e cotação em alta em Cingapura. Com isso, a mineradora fechou com ganhos de 1,35%, a R$ 69,97.
Os papéis preferenciais e ordinários da Petrobras (PETR4;PETR3) tiveram altas de 2,13% e 1,64%, respectivamente, no pregão de hoje. Segundo Cohen, há duas razões para a alta da estatal e uma delas é a alta no petróleo Brent.
Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em alta de 2%, estendendo ganhos da última sexta-feira diante do alívio nas turbulências do setor bancário. Além disso, analistas apontam que investidores alimentam expectativas de demanda dos Estados Unidos.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 2,55% (+US$ 1,82), a US$ 73,16 por barril, enquanto o Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 2,27% (+US$ 1,71), a US$ 77,01 por barril.
Nesta segunda, os bancos privados também se destacaram no pregão. Antes da abertura do mercado, o Itaú (ITUB4) reportou o seu balanço do 1° trimestre do ano (1T23) e fechou o Ibovespa em alta de 1,39%. Também subiram Bradesco (3BBDC4), em 3,72%, e o Santander (SANB11), em 1,42%. Por outro lado, o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 0,39%.
Na ponta positiva do índice, destaque para a Braskem (BRKM5), que tornou a subir com a notícia de uma possível compra pela Adnoc, estatal de Abu Dhabi, e o fundo Apollo.
Já na ponta negativa, a Eletrobras (ELET3) figurou entre as maiores quedas do dia, em meio a críticas do governo em relação à privatização da companhia. “A Advocacia Geral da União (AGU) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido falando sobre inconstitucionalidade da lei que possibilitou a privatização da empresa”, salienta Cohen.
Veja as maiores altas e baixas
Cotação do Ibovespa nesta segunda-feira (8)
O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (8) com alta de 0,85%, aos 106.042,15 pontos.
Com Estadão Conteúdo
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Por: Janize Colaço – Suno