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Ibovespa opera em queda, aos 103 mil pontos; Petrobras (PETR4) despenca 8,5%

Ibovespa hoje cai forte
Ibovespa hoje. Foto: Agência Brasil

Nesta quarta-feira (14) o Ibovespa amplia perdas e cai 0,43%, aos 103.089 pontos. O índice segue com as movimentações políticas no radar após novos nomes serem anunciados para integrar o Ministério da Fazenda em 2023.

O Ibovespa hoje digere também as novas mudanças na Lei das Estatais, que já eram alvo de rumores nas semanas anteriores.

Nas indicações do novo Governo, nesta terça (13) foram anunciados os nomes de Bernard Appy como secretário especial para a reforma tributária e Gabriel Galípolo como Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda. Além disso, Aloizio Mercadante foi anunciado como futuro presidente do BNDES.

No radar de indicadores, destaque para a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), que será anunciada às 16h (horário de Brasília).

A expectativa do mercado é de uma desaceleração na alta dos juros, com um um aumento de 0,5%, deixando os Fed Funds em 4%.

Além disso, o mercado doméstico conta com a Divulgação do IBC-Br, que caiu 0,05% em outubro, ante expectativas de 0,5% de alta.

As bolsas mundiais operam em queda após uma terça (13) de euforia. O Dow Jones cai 0,02% enquanto o S&P recua 0,12%.

Na Europa, quedas de 0,66% na Bolsa de Frankfurt (DAX) de 0,23% na Bolsa de Londres (FTSE).

As commodities operam em alta, com 0,76% de avanço no petróleo Brent.

Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje

  • Lei das Estatais é alterada pela Câmara
  • Novos indicados às estatais
  • Prévia do PIB fica abaixo do esperado

Câmara derruba ‘quarentena política’ exigida para presidentes de estatais

Ainda na noite de terça-feira (13) a Câmara dos Deputados aprovou uma mudança na Lei das Estatais por 314 votos a 66. O novo parecer sobre o projeto que muda a Lei das Estatais foi protocolado pela relatora Margarete Coelho (PP-PI) horas após Lula indicar Mercadante para o BNDES.

A mudança é especificamente no trecho que prevê uma ‘quarentena da política’ para poder ocupar a presidência de uma empresa pública.

Com a alteração feita pelos parlamentares, o tempo mínimo exigido pode cair de 36 meses para 30 dias.

Ou seja, antes era necessário ficar no mínimo 36 meses sem fazer campanha política ou participar de estrutura decisória de partido.

A mudança deve beneficiar nomes indicados pelo presidente eleito, além de eventuais cotados para presidir estatais. Aloizio Mercadante é um deles.

Outro nome que pode vir a se beneficiar com essa mudança é o do Senador Jean Paul Prates (PT-RN), um dos cotados para ser o novo presidente da Petrobras (PETR4).

Pela regra atual, que ainda está em vigor, Prates não poderia assumir o comando da estatal, já que se candidatou à prefeitura de Natal (RN).

O projeto ainda deve passar pelo Senado e ser aprovado pela casa antes de entrar em vigor.

Novos presidentes do BNDES e do Banco do Brasil

Ao ser indicado para o BNDES, Mercadante foi citado por Lula como alguém que ‘pensa em desenvolvimento’. O petista também disse que as privatizações “vão acabar”.

“Nós estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, de alguém que pense em reindustrializar este país, de alguém que pense em inovação tecnológica, de alguém que pense na geração de financiamento ao pequeno, ao grande, ao médio empresário, para que esse país volte a gerar empregos”, disse Lula.

“Nós queremos dizer ao mundo inteiro: quem quiser vir para cá, venha. [Aqui] tem trabalho, tem as coisas para vocês fazerem, tem projeto novo para os investimentos. Mas não venham aqui para comprar nossas empresas públicas, porque elas não estão à venda”, seguiu o petista.

Além do nome de Mercadante e de indicados para secretarias do Ministério da Fazenda, os rumores apontam que Lula quer uma mulher como futura presidente do Banco do Brasil. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, compartilha do mesmo anseio.

Dentre os nomes cotados, estão:

  • Ana Paula Teixeira Sousa, vice-presidente de controles internos e gestão de risco;
  • Lucinéia Possar, diretora jurídica;
  • Ângela Beatriz de Assis, presidente da BrasilPrev.

IBC-Br vem abaixo das projeções

O IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,05% em outubro, ficando abaixo das projeções do consenso Refinitiv, de alta de 0,5%.

Nos últimos 12 meses, o índice subiu 3,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 3,4%.

No acumulado do trimestre encerrado em outubro, o IBC teve alta de 0,44%. Na comparação com igual período do ano anterior, o índice está 4,63% mais alto.

Maiores altas do Ibovespa

  • SLCE3: +3,4%
  • WEGE3: +2%
  • QUAL3: +1,9%
  • SUZB3: +1,9%
  • PRIO3: +1,7%

Maiores baixas do Ibovespa

  • PETR3: -10,3%
  • PETR4: -6,8%
  • AMER3: -6,8%
  • MGLU3: -7,1%
  • SMTO3: -6,2%

Última cotação do Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão da terça-feira (13) em queda de 1,71%, a 103.540 pontos.



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Por: Eduardo Vargas – Suno

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