O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), confirmou, nesta segunda-feira (8), os dois nomes que serão indicados pelo governo para o Banco Central: seu atual secretário-executivo, Gabriel Galípolo, para a diretoria de Política Monetária, e o servidor Ailton Aquino dos Santos, para a diretoria de Fiscalização.
Os nomes deverão ser encaminhados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Senado Federal, que realizará sabatina com os indicados e decidirá se aprova ou não as nomeações.
No anúncio, Haddad disse que Galípolo dota de sua “absoluta confiança”, assim como do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante a campanha eleitoral de 2022, o economista, que já presidiu o Banco Fator, foi importante interlocutor da campanha petista junto ao mercado financeiro.
O chefe da Fazenda disse, ainda, que o indicado terá autonomia para cumprir as leis do Banco Central, assim como os demais membros do Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia, mas com o comando de “harmonizar a política fiscal e a monetária”, com o propósito de “crescer com baixa inflação e com justiça social”.
“[O Galípolo] Não vai agir sem observar o estatuto do BC, vai ter autonomia para cumprir a lei do BC, a mesma lei que os outros sete membros do Copom têm que respeitar. Os dois indicados hoje do presidente Lula vão observar rigorosamente a mesma lei, e com o seguinte comando: harmonizar a política fiscal e a monetária, com o propósito de crescer com baixa inflação e com justiça social, essa é nossa obsessão”, afirmou.
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Para ocupar o posto de secretário-executivo no Ministério da Fazenda, Haddad anunciou o nome de Dario Durigan. O cargo é considerado uma espécie de “vice” na pasta.
“Tudo correndo bem na tramitação dos nomes ao Banco Central junto ao Senado, o Dario assume a Secretaria Executiva da Fazenda”, disse Haddad em coletiva de imprensa concedida em São Paulo.
Entenda as funções
O Diretor de Política Monetária administra a execução dos instrumentos das políticas monetária e cambial, com vistas ao atingimento da Meta da Taxa Selic e à preservação do regular funcionamento dos mercados. Estabelece, ainda, orientação técnica em relação à administração das reservas internacionais do País; à gestão do Sistema de Transferência de Reservas – STR, e do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic; e à definição de políticas relacionadas a arranjos de pagamento, câmaras de compensação e de liquidação e demais Infraestruturas do Mercado Financeiro.
Já o diretor de Fiscalização é responsável pelos assuntos de: 1) supervisão prudencial das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN), com foco no entendimento do modelo de negócios, na liquidez, solvência e viabilidade de cada uma dessas instituições; 2) monitoramento da estabilidade, eficiência, liquidez e solvência do SFN (abordagem macroprudencial) e das entidades supervisionadas pelo BC (abordagem microprudencial).
No desempenho dessas atribuições, cabe ao Diretor, por exemplo, representar o Banco Central no Comitê de Supervisão Bancária da Basileia em assuntos relacionados à área de Fiscalização; submeter à Diretoria Colegiada do BC propostas de decretação de regime de resolução; e coordenar a elaboração do Relatório de Estabilidade Financeira (REF).
mais informações em instantes.
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Por: Marcos Mortari – InfoMoney