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Dólar sobe a R$ 5,05, após queda com apetite por risco externo

Dólar sobe a R$ 5,05, após queda com apetite por risco externo
Dólar sobe após queda com apetite por risco externo. Foto: Pixabay

O dólar ganha força na manhã desta terça-feira (30), e registrou máxima a R$ 5,0390 no mercado à vista, sob pressão técnica à medida que se aproxima a primeira coleta de taxas nas mesas de operação para a formação da Ptax diária (por volta das 10h).

Mas o ajuste positivo é limitado pela desvalorização da divisa dos EUA no exterior em meio a apetite por risco. A cotação do dólar opera em alta de 0,46%, a R$ 5,057, por volta das 10h25.

Nos primeiros negócios, o preço do dólar operou em baixa, acompanhando a desvalorização externa da divisa americana em meio a recuo dos retornos dos Treasuries. O tombo de commodities favorece ainda a demanda pela moeda americana, segundo operadores.

A deflação de 0,70% do IGP-M em agosto, maior que a mediana do mercado (-0,56%), é mais um indicador de preços corroborando para o anúncio de fim do ciclo de aperto da Selic em 21 de setembro.

Lá fora, os investidores ajustam posições no dólar hoje, após ganhos nas últimas sessões, em meio a temores sobre mais aumentos de juros agressivos na zona do euro e nos EUA para combater a inflação elevada.

Enquanto o índice DXY do dólar ante seis moedas relevantes acumula ganhos de cerca de 2,4% no mês, a divisa dos EUA carrega perdas de cerca de 2,6% ante o real, reagindo a ingressos de fluxo de exportadores e de investidores estrangeiros para a renda variável e o mercado de renda fixa diante de uma melhor percepção sobre o País.

Em véspera de definição da taxa Ptax de agosto, os investidores comprados em câmbio (apostaram na alta) puxam as cotações para cima, a fim de melhorar o desempenho de suas posições cambiais, de acordo com operadores do mercado.

No exterior, o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin (não vota este ano), afirmou que a inflação nos EUA vai diminuir, mas não de forma previsível.

Além do dólar, está no radar dos investidores as falas de John Williams (presidente do Fed de NY), que pode trazer sinalizações sobre o rumo do ciclo de aperto monetário nos EUA, além de evento com o presidente do BC, Roberto Campos Neto (15h).

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane defendeu nesta terça um “ritmo constante” de elevações de juros para combater a inflação recorde na zona do euro e minimizar as consequências negativas, em um aparente recuo após alguns dirigentes da instituição cogitarem um aumento de 75 pontos-base na reunião do próximo dia 8 de setembro.

Na Europa, os juros de títulos soberanos de países do bloco reduziram levemente o recuo intradia, após o índice de preços ao consumidor (CPI) preliminar da Alemanha subir 0,3% entre julho e agosto, como esperado. Por volta das 9h10 (de Brasília), o juro do Bund alemão para 10 anos caía a 1,471%, o do OAT francês de mesmo prazo cedia a 2,092% e o do BTP italiano para uma década tinha queda a 3,755%.

Já o euro se fortaleceu ante o preço do dólar, em meio a expectativas de alta de juros pelo BCE em 8 de setembro e após o índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, cair de 98,9 pontos em julho para 97,6 pontos em agosto, tocando o menor patamar em 18 meses, em meio à inflação recorde e a perspectiva de recessão no bloco.

A leitura de julho foi ligeiramente revisada para baixo, de 99 originalmente. O resultado de agosto ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda do indicador a 97,9 pontos.

Entre as matérias-primas, os preços do barril de petróleo exibiam perdas entre 2,9% e 3% mais cedo e o minério de ferro caiu abaixo de US$ 100 nesta terça-feira nas Bolsas de Dalian e Cingapura.

O contrato negociado para janeiro em Dalian, na China, teve queda de 5,01%, a 682 yuans, o equivalente a US$ 98,77 a tonelada, informou um operador. É a primeira vez em cinco semanas que a commodity cai abaixo de US$ 100. Operadores explicam que os temores de recessão global e novas restrições na China devido a casos de covid-19 pesaram no setor.

Os juros futuros recuaram na manhã desta terça-feira (30), em sintonia com o dólar e após o IGP-M de agosto mostrar deflação maior do que a esperada. O índice de preços caiu 0,70% em agosto, mais que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast (-0,56%). No radar, está o leilão de NTN-B e LFT (11h) do Tesouro.

Às 9h20 desta terça, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 recuava a 11,82%, de 11,87% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2025 cedia para 12,05%, de 12,10%, e o para janeiro de 2024 caía para 13,13%, de 13,16% no ajuste anterior. O vencimento para janeiro de 2023 estava em 13,730%, na mínima, de 13,741%.

Última cotação do dólar

O dólar terminou a sessão de ontem (30) em queda de 0,72%, a R$ 5,033 na venda, registrando sua terceira baixa diária consecutiva.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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Por: Redação Suno Notícias – Suno

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