O dólar caiu abaixo do patamar de R$ 5 pela primeira vez desde fevereiro durante o pregão desta terça-feira (11).
O dólar estava sendo negociado a R$ 4,9924 por volta das 11h25, refletindo um fluxo positivo e em meio a uma alta de mais de 2% no Ibovespa.
Além disso, afetando o dólar hoje, o IPCA mostrou uma inflação abaixo do esperado em março, com variação de 0,71%.
Os contratos futuros do dólar com vencimento para maio, por sua vez, recuam 1,2% a R$ 5,024.
Além disso, vale lembrar que outros indicadores causaram uma queda global da moeda americana. “O clima de menor aversão a risco leva à queda global do dólar, que beneficia commodities, com açúcar emendando 8ª alta seguida, e as criptos, com Bitcoin ultrapassando os 30 mil, na máxima desde junho de 2022”, diz Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Ibovespa dispara
O Ibovespa subiu mais de 2% durante a primeira hora de pregão, e por volta das 13h o índice sobe 3,3% a 105.272 pontos.
A ponta positiva é justamente dominada por empresas de varejo e companhias com maior alavancagem – em meio a uma curva de juros em queda, após dados de inflação abaixo das projeções do consenso de mercado.
A maior alta é do Magalu (MGLU3), que sobe mais de 13% no intradia.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Entenda alta do IPCA
O principal indicador de inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, subiu 0,71% em março, abaixo das projeções do consenso de mercado, que miravam 0,78%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, o IPCA anualizado fica em 4,65%, levemente abaixo das projeções de 4,70%.
A maior variação do índice foi no grupo de transportes, que subiu 2,11%. O segmento de Saúde e Cuidados Pessoais, por sua vez, foi a segunda maior variação, com 0,82% de avanço no mês.
O segmento de Artigos de Residência foi o único a apresentar retração dentro do IPCA, com 0,27% de queda.
Os transportes, da mesma forma, apresentaram o maior impacto no IPCA de março.
A gasolina (8,33%), foi o subitem com maior impacto individual no índice de março (0,39 ponto percentual, p.p.), teve grande peso na alta verificada em Transportes. O etanol (3,20%) também subiu.
“Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/COFINS sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, explica o analista da pesquisa, André Almeida.
Última cotação do dólar
Na véspera, o dólar teve alta de 0,17% no intradia, com cotação de R$ 5,0660. Com o resultado, a moeda amerciana passou a acumular perdas de 0,06% no mês e de 4,02% no ano.
Por: Eduardo Vargas – Suno