A Dasa (DASA3) fechou 2022 com um prejuízo líquido de R$ 306 milhões. De acordo com o balanço do quarto trimestre de 2022 (4T22), apresentado ao mercado na terça (28), a cifra negativa nos últimos três meses do ano passado chegou na casa de R$ 204 milhões. Segundo os analistas da XP, os números negativos já eram esperados.
“Apesar do resultado negativo, não esperamos uma reação negativa do mercado, uma vez que os resultados operacionais estão melhorando gradualmente e uma solução para a estrutura de capital está em andamento”, pontuaram os analistas da XP Rafael Barros e Raphael Elage em relatório.
Por volta das 10h40 do Ibovespa hoje, as ações da Dasa eram negociadas em queda de 0,74%, ao preço de R$ 8,06.
No panorama anual, o balanço da Dasa de 2022 conta com os seguintes números:
- Receita bruta consolidada: R$ 14,1 bilhões (alta de 26% ante 2021);
- Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado: R$ 2,253 bilhões (alta de 15% ante 2021);
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 306 milhões (aumento de 142% ante 2021).
No 4T22, os principais números foram:
- Receita bruta consolidada: R$ 3,521 bilhões (alta de 21% ante 4T22);
- Ebitda ajustado: R$ 473 milhões (alta de 42% ante 4T21);
- Resultado líquido: prejuízo de R$ 204 milhões (alta de 255% ante 4T21);
Pedro Bueno, diretor-presidente da Dasa, reforçou no balanço que a companhia conseguiu ver um crescimento da receita ao longo de 2022.
“O ano de 2022 foi um ano de forte expansão de nossos negócios, apresentando um crescimento de receita superior a 25% vs. 2021, puxado em especial pelos nossos negócios hospitalares, fruto tanto de uma expansão significativa dos ativos legados quanto dos novos ativos em consequência da execução bem-sucedida da estratégia de integração”, escreveu Bueno no material.
Dasa: Análise do balanço do 4T22
Em relatório, os analistas da XP ressaltam que “o endividamento continua sendo a principal fonte de pressão para o resultado da Dasa, mas notamos que a empresa anunciou uma oferta de ações de R$1,5 bilhão que potencialmente endereçará essa questão”.
Gustavo Miele e Emerson Vieira, do Goldman Sachs, também esperavam números negativos e ressaltaram que o Ebitda ficou apenas 4% abaixo das estimativas do banco, “principalmente devido à perda de rentabilidade causada pelo desempenho mais fraco da divisão de diagnósticos, resultados mais fracos dos contratos de participação dos lucros e menor demanda por causa da Copa do Mundo nos meses de novembro e dezembro”.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, ao longo dos últimos doze meses, as ações da Dasa amargam uma queda de 65,91%.
Por: Erick Matheus Nery – Suno
