Com os juros elevados e o cenário macroeconômico desafiador, o quarto trimestre de 2022 (4T22) virou sinônimo de dor de cabeça para algumas empresas listadas na Bolsa de Valores. De acordo com um mapeamento divulgado nesta terça (4), o número de companhias que amargaram prejuízo no último trimestre do ano dobrou ante o mesmo período de 2021.
Segundo o jornal Valor Econômico, no 4T21 oito empresas integrantes do Ibovespa fecharam esse período no vermelho. Na atual safra de balanços, o número saltou para 22.
No panorama anual, 15 empresas listadas na Bolsa registraram prejuízo em 2022, sendo que apenas nove ficaram nesta situação em 2021.
O levantamento feito pelo Valor inclui 77 empresas não financeiras que estavam presentes na carteira do Ibovespa no final de março. Caso sejam adicionadas as instituições financeiras, a soma passa a ser de 84 companhias, mas o resultado não é alterado.
O levantamento mostra que parte desses números negativos pode ser creditada aos resultados financeiros, o que inclui os juros das dívidas das companhias. Além disso, os resultados operacionais antes dos ajustes financeiros e de impostos também pioraram, um reflexo do aumento de custos.
Ibovespa: mudanças na carteira
A primeira prévia da carteira do Ibovespa que valerá de maio a agosto foi divulgada pela Bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3), na segunda (3).
Entre as mudanças na prévia da carteira teórica do Ibovespa estão a exclusão das ações do Banco Pan (BPAN4) e da EcoRodovias (ECOR3) do índice. Além disso, a prévia inclui as ações do IRB Brasil (IRBR3), que mostram um peso de 0,101%.
Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice são: Vale (VALE3), com 15,5%, Itaú Unibanco (ITUB4) com 6,6%, Petrobras (PETR4) com 5,99%, Petrobras (PETR3) com 4,9% e Bradesco (BBDC4) com 3,7%.
Por volta das 15h, o principal índice da Bolsa brasileira operava em alta de 0,66%, aos 102,179 pontos.
Por: Erick Matheus Nery – Suno