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Credit Suisse (C1SU34) vale menos de 10% do Itaú (ITUB4) em venda às pressas

Credit Suisse (C1SU34) vale menos de 10% do Itaú (ITUB4) em venda às pressas

A venda às pressas do Credit Suisse (C1SU34) fez com que o banco suíço não custasse nem 10% do valor de mercado do Itaú Unibanco (ITUB4), maior instituição financeira do País. Assim, o novo braço do UBS teve o seu valor derretido em 96,75% quando comparado com 2007, período áureo da empresa internacional.

Segundo um levantamento feito pela Suno Research com dados coletados no Google Finance e no Investing na segunda (20), o valor de mercado do Credit Suisse na venda às pressas ficou em R$ 17 bilhões — tendo como base uma taxa de câmbio de R$ 5,30.

Enquanto isso, o Itaú “custava” R$ 213 bilhões. Ou seja, o valor do banco suíço equivale a 7,98% do preço da instituição financeira nacional.

Com esse valor, o Credit também ficou atrás de empresas como Santander (SANB11), Nubank (NUBR33) e XP (XPBR31). Confira o ranking:

  • Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 213 bilhões;
  • Santander (SANB11): R$ 190 bilhões;
  • Bradesco (BBDC4): R$ 133 bilhões;
  • Nubank (NUBR33): R$ 108 bilhões;
  • Banco do Brasil (BBAS3): R$ 105 bilhões;
  • BTG Pactual (BPAC11): R$ 103 bilhões;
  • XP (XPBR31): R$ 34 bilhões;
  • Credit Suisse (C1SU34): R$ 17 bilhões;
  • Banco do Nordeste (BNBR3): R$ 7 bilhões;
  • Banco Pan (BPAN4): R$ 6 bilhões.

Credit Suisse é vendido para rival UBS

No domingo (19), o UBS fechou um acordo às pressas para comprar o rival Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões. De acordo com informações publicadas pelo The Wall Street Journal, a operação teria sido costurada pelos reguladores suíços para evitar que a queda de confiança nos bancos se espalhasse.

Com a operação de venda às pressas do Credit Suisse para o UBS, o Saudi National Bank (SNB) amargou um prejuízo superior a US$ 1 bilhão.

Segundo a reportagem da CNBC, em novembro de 2022, o SNB investiu US$ 1,5 bilhão no banco suíço, ao preço de 3,82 francos por cada ação do Credit Suisse. Agora, o UBS está pagando 0,76 francos por cada papel. A operação acende um sinal de alerta no mercado financeiro e, na visão do economista Pedro Raffy Vartanian, pode ser apenas uma “solução temporária” para a crise no banco suíço.

“A questão agora é identificar se a compra do Credit Suisse será uma repetição do caso LTCM ou do caso Bear Stearns. Os elementos atuais são muito semelhantes aos que precederam a crise de 2008, de modo que a operação de salvamento do Credit Suisse pode resultar apenas em uma solução temporária com novos problemas surgindo nos próximos meses”, argumenta Vartanian, professor do Mestrado Profissional em Economia e Mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie.



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Por: Erick Matheus Nery – Suno

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