Sendo um nicho explorado por clubes de futebol há meses, o mercado de fan tokens ganhou um novo impulso nesta semana. Com o início da Copa do Mundo no Catar, os criptoativos de seleções passaram a ser mais negociados.
Nos últimos dias, os ativos vinculados às seleções da Espanha, Argentina, Brasil e Portugal tiveram altas, sendo que todas as equipes disputam a Copa do Mundo do Catar e são consideradas competitivas.
Ao longo da semana, a maior alta foi do fan token da seleção da Espanha, que subiu mais de 53% no acumulado do período.
A equipe ganhou a Copa de 2010 e também tem três títulos da Eurocopa, além de ser o berço de uma das maiores ligas de clubes da Europa, com Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid.
Dados do CoinMarketCap também mostram um rali nos ativos vinculados à seleção brasileira, que subiram cerca de 51% nos últimos sete dias.
A Argentina mostra uma alta de 34% nos seus tokens nos últimos dias, por sua vez, com preço atual de cerca de US$ 8.
Os dados, assim, mostram um favoritismo do público vinculados ao universo de criptoativos por estas seleções, dado que o preço dos ativos costuma refletir tendências de competitividade das equipes.
Copa do Mundo foi ‘novo gatilho’ para mercado que caiu em desconfiança
O universo cripto de um modo geral vêm sofrendo com menos liquidez e mais desconfiança após a crise da FTX, uma exchange que operava como a 2ª maior corretora do mundo de criptomoedas.
Conforme reportado pelo Suno Notícias, a corretora pediu por recuperação judicial ainda no dia 11 de novembro, enquanto o presidente-executivo, Sam Bankman-Fried, deixou seu cargo envolto de polêmicas.
Atualmente os fan tokens tem lastros distintos e utilizam a blockchain, mesmo mecanismo do Bitcoin.
Vale ressaltar, contudo, que os fan tokens de clubes – distintos dos da Copa do Mundo – são utilizados por alguns clubes para dar descontos e promover engajamento de torcedores. Ou seja, além de serem um ativo considerado especulativo e com alta volatilidade, os fan tokens são usados pelos clubes como uma forma de aproximar as torcidas.
Por: Eduardo Vargas – Suno