O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou um prejuízo de R$ 261 milhões no primeiro trimestre de 2024. Apesar do número negativo, a cifra representa uma melhora de 12,2% frente às perdas de R$ 297 milhões nos três primeiros meses de 2023. 

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A receita bruta da companhia teve queda de 14,2% ante o mesmo período do ano anterior, indo a marca de R$ 7,5 bilhões. A receita líquida da Casas Bahia no 1T24 apresentou uma queda menor — de 13,7%, a R$ 6,347 bi. 

O Ebitda do balanço da Casas Bahia (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado recuou 42,6%, a R$ 387 milhões. Apesar da forte queda na margem EBITDA (de 3,1 p.p frente ao 1T23), a empresa vê espaço para retomar os patamares históricos e lembra que a base do 1T23 foi beneficiada pela inclusão de créditos tributários. 

Com um fluxo de caixa livre negativo em R$ 176 milhões, a companhia teve o seu melhor trimestre dos últimos 5 anos. A receita bruta total da empresa caiu em todos os seus canais de distribuição — lojas físicas e digital (tanto na venda direta ao cliente quanto no marketplace). No digital, a queda de receita da Casas Bahia foi de 18,7%, a R$ 2,64 bi. 

As lojas físicas viram uma queda de 11,5% (a R$ 4,9 bi) na receita. Segundo a administração, o recuo se deve à mudança do mix de produtos (com maior foco em rentabilidade), menor disponibilidade de crédito ao consumidor e fechamento de lojas. 

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Casas Bahia: plano de transformação

Em recuperação extrajudicial, a companhia deu grande destaque ao seu “plano de transformação” no release de resultados da Casas Bahia.

Entre os principais números, destaque para a redução de 14,6% com despesas de pessoal — o que equivale a R$ 113 milhões —, o fechamento de 2 lojas (das 57 planejadas para o ano) nos primeiros três meses, e a reestruturação total das dívidas de R$ 4,1 bi.

Com essa última operação, o prazo médio de pagamento passou de 22 meses para 72 meses. Atualmente, o endividamento bruto da companhia é de R$ 4,02 bi

O Grupo Casas Bahia também destaca o aumento da sua receita líquida oriunda de serviços. Hoje, a fatia é de 15%.  

Desde abril, a companhia está focada em fazer investimentos que visam o aumento de receita. No trimestre, o Grupo Casas Bahia desembolsou cerca de R$ 34 milhões, com 90% do total destinado a projetos de tecnologia para “suportar o crescimento e digitalização”.

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