Você está visualizando atualmente Alta de juros no exterior pode favorecer emissões de renda fixa no Brasil, avaliam especialistas

Alta de juros no exterior pode favorecer emissões de renda fixa no Brasil, avaliam especialistas

Percentual, juros, taxas e Selic

Os olhos do mundo estão voltados para o comportamento dos juros, usados pelos Bancos Centrais para conter a inflação. Enquanto o Brasil está finalizando o processo de alta da Selic, potências como os Estados Unidos ainda estão no meio do processo. Os resultados vão marcar a economia global de forma contundente em 2023. Desta forma, apesar dos efeitos das eleições e do quadro fiscal, os brasileiros inspiram confiança e estão bem posicionados para enfrentar os altos e baixos no ano que vem.

Essas são as principais ideias da palestra técnica “Quais Oportunidades uma Nova Política Econômica Traria para a Renda Variável e Crédito Privado?”, durante o 43º Congresso Brasileiro de Previdência Privada nesta sexta-feira (21), promovido pela Associação Brasileira dos Fundos de Pensão (Abrapp).

A alta de juros lá fora pode ajudar o Brasil, que vai se destacar, ressaltou a superintendente de Análise e Gestão de Crédito da Bradesco Asset Management, Ana Luísa Rodela. “Essas condições podem atrair companhias brasileiras que costumam fazer ofertas de bonds (títulos de renda fixa emitidos no exterior por um governo ou por empresas) e trazer emissões que seriam feitas lá fora para o mercado doméstico”, disse a executiva.

Para exemplificar, Ana Luísa lembrou algumas negociações realizadas. “Vimos operações grandes de debêntures da Petrobras e da Braskem, que não costumavam fazer emissões locais desse porte. A demanda tem acompanhado.”

Segundo ela, o mercado de crédito privado ampliou bastante no ano passado. E a oferta acompanhou esse movimento, o que permitiu a consolidação de um mercado secundário. Para Ana Luísa, a tendência deverá se manter em 2023. “Com a elevação dos juros, recomenda-se cautela aos investidores. Segundo a análise do Bradesco, porém, como as empresas estão bem, não são esperados problemas generalizados”.

Para Bruno Funchal, CEO da Bradesco Asset Management, o Brasil está mesmo “um pouco melhor” com relação a outros países, por conta do enfrentamento da inflação. “Globalmente, o que se vê são autoridades monetárias ameaçando subir muito os juros. No Brasil, a expectativa do mercado é de que a Selic permaneça algum tempo onde está e não demore para começar a cair”, detalhou Funchal.

Já Rodrigo Santoro Geraldes, head de Análise e Gestão de Renda Variável da Bradesco Asset Management, lembra a solidez das empresas brasileiras, em razão até de uma redução no endividamento, proporcionada pela elevação da receita com as commodities.“Com os ativos brasileiros razoavelmente descontados, é esperado que a Bolsa reaja tão logo a Selic comece a ser reduzida.  “A B3 nos parece atualmente bastante barata”, afirmou Geraldes.

The post Alta de juros no exterior pode favorecer emissões de renda fixa no Brasil, avaliam especialistas appeared first on InfoMoney.



Leia na integra…

Por: Neide Martingo – InfoMoney

Deixe um comentário