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Ação do First Republic cai 43% no pregão regular e quase 50% no after market com notícias de que regulador dos EUA deve tomar controle do banco

As ações do First Republic Bank tiveram nova queda de mais de 40% na sessão desta sexta-feira (28), em uma semana sangrenta para os ativos, em meio ao noticiário apontando esperanças menores de um acordo de resgate que poderia manter o banco operando. Os ativos fecharam com baixa de 43,3%, a US$ 3,51. No after market da Bolsa de Nova York as baixas se estenderam, com queda de 48,43%, a US$ 1,81, às 19h (horário de Brasília).

Fontes disseram à CNBC que o resultado mais provável para o banco com problemas é que a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) o leve à concordata.

Assim, o resultado seria a liquidação do banco com a tomada de controle do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC, na sigla em inglês), agência  garantidora de crédito no sistema bancário dos Estados Unidos. O regulador deve assumir os ativos do banco, assim como ocorreu com o Silicon Valley Bank e com Signature Bank em março, segundo fontes ouvidas pelo portal.

Essas mesmas fontes asseguraram que o FDIC sondou a “outros bancos” sobre “ofertas potenciais” caso tenha que intervir. No entanto, também afirmaram que “ainda há esperança” de que se alcance uma solução que não passe pela intervenção.

O First Republic disse ao portal que “está envolvido em discussões com várias partes sobre nossas opções estratégicas enquanto continuamos a atender nossos clientes”.

A CNBC informou na quarta-feira que os consultores do First Republic estavam se preparando para apresentar aos bancos maiores um plano que permitiria ao credor regional vender títulos e outros ativos a uma taxa acima do mercado e, em seguida, aumentar o patrimônio. As vendas resultariam em prejuízo para os bancos que comprassem os títulos, mas poderiam ser mais baratas no longo prazo do que deixar o banco falir.

As ações caíram mais de 90% este ano, já que os investidores perderam a confiança no banco depois que dois credores regionais quebraram em março.

A Reuters informou na sexta-feira que autoridades dos EUA – incluindo o FDIC, Departamento do Tesouro e Federal Reserve – estão coordenando reuniões com outros bancos para intermediar um plano de resgate para a instituição.

As ações do First Republic fecharam a US$ 16 na segunda-feira, antes de o banco divulgar seus resultados do primeiro trimestre, que mostraram uma queda nos depósitos de cerca de 40%. A ação caiu mais de 60% nos dois dias seguintes, atingindo uma nova mínima histórica.

O First Republic é um banco regional que se concentrou em indivíduos de alto patrimônio líquido e seus negócios, inclusive oferecendo hipotecas a baixas taxas de juros para esses clientes.

Essas hipotecas, assim como outros ativos de longo prazo no balanço do banco, caíram em valor de mercado desde que o Fed começou a aumentar as taxas no ano passado, deixando os investidores preocupados com o fato de o banco ter que registrar uma perda considerável se forçado a vender esses ativos para levantar dinheiro.

As enormes saídas de depósitos do banco ocorreram após o colapso do Silicon Valley Bank e do Signature Bank em março. Os maiores bancos do país, incluindo o JPMorgan Chase, já ajudaram o First Republic desde então com US$ 30 bilhões em depósitos a prazo.

 

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Por: Equipe InfoMoney – InfoMoney

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