A XP Investimentos atualizou a sua projeção de valor justo para o Ibovespa em 130 mil pontos para o final de 2022, contra 120 mil anteriormente.
O time de análise da XP baseia sua estimativa mais alta para o Ibovespa na queda nos juros reais e nominais de longo prazo, que caíram entre 1,0 a 1,5 pontos percentuais no mês de agosto.
Além disso, a XP argumenta que o Brasil continua com um desempenho superior em relação aos mercados globais principalmente em função dos níveis de valuation ainda bastante atrativos na Bolsa brasileira.
O mês de agosto foi marcado por um rali puxado por recuperação em ações de crescimento (growth stocks) na B3, auxiliados por uma inflação mais branda e juros menores, avalia a XP.
“As taxas de juros de longo prazo no Brasil e nos EUA sofreram uma correção, o que beneficiou diretamente as ações com maior parte de seu valor no futuro, que são sensíveis a mudanças na curva de juro”, explicam os analistas do Time de Research da XP.
Em agosto, o Ibovespa subiu 6,2%. Mas, com a virada do mês surge aquela dúvida: o Ibovespa vai subir? É hora de investir na Bolsa?
A XP continua vendo a Bolsa brasileira como atrativa, com o Ibovespa negociando a um P/L (Preço/Lucro) projetado de 6,2x, o que representa um desconto de 44% em relação à média histórica.
Mesmo retirando as empresas de commodities, ou somente a Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), o P/L (Preço/Lucro) atinge 10,4x e 9,5x, respectivamente, diz a XP.
Os analistas seguem com as seguintes teses em suas carteiras:
- Commodities: em alta: “A nossa preferência é pelo setor de Petróleo & Gás para exposição em commodities devido aos desequilíbrios estruturais de oferta e demanda e valuation descontado, sendo nossas principais escolhas para o setor a Petrobras (PETR4) e a 3R (RRRP3″).
- Empresas com valor razoável conseguem crescer apesar do macro desafiador adiante:
“Alguns dos principais nomes que mostram boas perspectivas de crescimento e que gostamos são Assaí (ASAI3) e Grupo Soma (SOMA3)“; - Qualidade a um preço razoável.
“Em termos de fatores, nosso foco permanece em Qualidade, Baixo Risco e alguns nomes de Valor”, explicam os analistas. “Gostamos de nomes resilientes em meio a um cenário macro ainda incerto, mostrando um sólido track record. Destacamos Iguatemi (IGTI11) e Banco do Brasil (BBAS3)“, dizem os analistas.
Mesmo vendo o setor de crescimento voltando a se recuperar nos últimos dois meses, com uma reversão da performance negativa no Ibovespa, a XP continua não adicionando exposição neste segmento.
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Por: Ana Clara Macedo – Suno