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Ibovespa cai 0,11%, mas acumula ganhos de 2,5% na semana; IRB (IRBR3) lidera quedas no dia

Ibovespa hoje tem a quarta queda seguida
Ibovespa hoje. Foto: Agência Brasil

Ibovespa hoje encerrou o pregão de sexta-feira (22) com queda de 0,11% aos 98.924,82 pontos, após oscilar entre 98.321,23 e 99.724,23 pontos. O índice de ações acumulou ganho de 2,46% na semana, vindo de perda de 3,73% na anterior. Giro ainda fraco, a R$ 18,3 bilhões nesta sexta-feira. No mês, permanece positivo (+0,39%), com perdas no ano a 5,63%.

Até o começo da tarde, o índice Bovespa parecia a caminho do sexto ganho seguido, mas acabou interrompendo a série no quinto avanço, ainda assim uma sequência que não era vista desde meados de maio. A sexta-feira contou com poucos ‘drivers’ domésticos para orientar os negócios. “O noticiário local continua morno e com pouco impacto nos preços”, observa em nota a Terra Investimentos.

“Hoje foi dia de realização (de lucro) sem uma grande história, tanto aqui como lá fora. Temos estado colados, com dinâmica parecida no que se refere às bolsas. Apesar de todo ruído que temos no mercado local com relação às preocupações com o fiscal, (refletidas na) curva de juros e câmbio, a Bolsa tem seguido o comportamento de fora, e hoje não foi diferente”, diz Naio Ino, gestor de renda variável da Western Asset.

Ele destaca também alguma recuperação, na semana, de ações ligadas ao comércio eletrônico, como também em geral as de “growth” (crescimento), entre as quais techs, ainda muito amassadas no ano. “Hoje sofreram um pouco. E as commodities na contramão, respirando na sessão, ajudaram o Ibovespa a não cair tanto quanto lá fora”, acrescenta o gestor.

O índice de consumo acumulou ganho de 1,36% na semana, mas hoje cedeu 0,49% (no mês, sobe 6,26%), enquanto o de materiais básicos avançou nesta sexta-feira 0,67%, em alta de 2,82% na semana, mas ainda recuando 4,59% no mês.

O monitoramento do CME Group mostrava nesta tarde um crescimento da possibilidade de que o Federal Reserve eleve os juros em 75 pontos-base na reunião de política monetária da próxima quarta-feira. Após dados fracos, divulgados mais cedo nos Estados Unidos, essa chance estava em 81,1% segundo o CME Group, de 72,1% ontem. Já para uma elevação de 100 pontos-base, recuava a 18,9% (de 27,9% ontem).

Na Europa, apesar de ruins, as leituras preliminares sobre o ritmo de atividade (PMIs) em julho, divulgadas logo cedo, não chegaram a contaminar os principais mercados do continente, que fecharam o dia com leves ganhos. “A chance de uma recessão na região já é altamente provável. O índice de gerentes de compras para o setor industrial caiu para nível contracionista em julho (49,6), enquanto o referente ao setor de serviços também desacelerou para próximo de estabilidade (50,6)” na zona do euro, observa em nota a Guide Investimentos.

Para a consultoria Capital Economics, os dados sugerem que a região “está à beira da recessão devido à queda da demanda e ao aumento dos custos”, leitura que contrasta com o que disse ontem a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. O PMI composto, que engloba os setores de serviços e indústria, caiu de 52 a 49,4 entre junho e julho, segundo a leitura preliminar do mês. Para a Capital, o resultado indica que o PIB do bloco monetário já recua no começo do terceiro trimestre.

Bolsas de Nova York

  • Dow Jones: -0,43%, aos 31.900,61 pontos;
  • S&P 500: -0,93%, aos 3.961,90 pontos;
  • Nasdaq: -1,87%, aos 11.834,11 pontos.

dólar à vista fechou em leve alta de 0,05%, a R$ 5,4988, depois de oscilar entre R$ 5,4358 e R$ 5,5045.

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira, com temores renovados sobre a demanda por gasolina. Resultados fracos de índices de gerente ed compras (PMIs, na sigla em inglês) nas maiores economias do mundo também pesaram sobre a commodity. Desde abril, é a primeira vez que o petróleo WTI fecha abaixo de US$ 95 por barril.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega prevista para setembro caiu 1,71% (US$ 1,65), a US$ 94,70 o barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para outubro teve baixa de 1,11% (US$ 1,10), a US$ 98,38. Na semana, a queda acumulada foi de 2,96% e 2,75%, respectivamente, para os contratos mais líquidos.

O ouro fechou com ganhos nesta sexta-feira, acumulando também alta na semana. O metal precioso foi favorecido pelo movimento do dólar, que recuou ante rivais, o que torna o ouro mais barato e, portanto, atraente a detentores de outras divisas. A moeda americana reagiu à queda do índice de gerentes de compras (PMI) dos EUA em julho a um patamar abaixo de 50, o que indica contração da atividade. Também por conta do dado, os juros dos Treasuries recuaram, outro movimento que tende a beneficiar a commodity.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para o mês que vem subiu 0,82% e 1,40% na semana, a US$ 1.727,40 por onça-troy.

No Ibovespa hoje, o IRB Brasil (IRBR3) foi o destaque entre as maiores quedas após apresentar prejuízo de R$ 273,1 milhões registrado em maio, ante um lucro de R$ 7,5 milhões na comparação anual. A ação da resseguradora cedeu 8,26%.

O setor das varejistas do índice também entrou no ranking das maiores baixas do dia, com Americanas (AMER3) caindo 5,91%, Magazine Luiza (MGLU3) com -4,98%, Via (VIIA3) com desvalorização de 4,56% e Petz (PETZ3) recuando 3,99%.

As empresas bancárias também fecharam no vermelho: Santander (SANB11) caiu 2,72%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) perdeu 0,77% e 1,27% nesta ordem, respectivamente, Itaú (ITUB4) baixou 1,06% e Banco do Brasil (BBAS3) registrou -0,69%.

Entre as blue chips, Vale (VALE3) ganhou 0,93% e Petrobras (PETR3, PETR4) subiu 1,08% e 1,07%, respectivamente.

BRF (BRFS3) liderou a lista do campo positivo, com +4,62%, com as perspectivas de negócios no Oriente Médio. Em seguida, Suzano (SUZB3) registrou +2,78%, em ajuste técnico.

Sabesp (SBSP3) também se destacou, avançando 2,76%, após a companhia ter concluído financiamento de R$ 760 milhões junto ao Internacional Finance Corporation (IFC), voltado para obras do Programa Novo Rio Pinheiros.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • IRB (IRBR3) registra prejuízo de R$ 273 mi em maio e continua ciclo de baixas; ações caem
  • Presidente da Petrobras (PETR4) tem que ‘cumprir função social’, diz Bolsonaro

IRB (IRBR3) registra prejuízo de R$ 273 mi em maio e continua ciclo de baixas; ações caem

Na noite desta quinta-feira (21), a IRB (IRBR3) comunicou ter registrado um prejuízo de R$ 273,1 milhões em maio, comparado ao lucro de R$ 7,5 milhões no mesmo período de 2021.

Os resultados, divulgados ontem em nota, se somam a uma série de percalços experimentados pela empresa ao longo de 2022. Só nos cinco primeiros meses deste ano, a companhia já acumula um prejuízo líquido de R$ 285,3 milhões. No mesmo intervalo do ano anterior, a performance da empresa foi bem diferente — com seu lucro líquido chegando a atingir os R$ 9,4 milhões.

Como era de se esperar, o mercado não reagiu positivamente ao comunicado, fazendo as ações do IRB despencarem mais de 7% no pregão nesta sexta-feira (22), com o papel a R$ 2,02.

Segundo a IRB, o prêmio emitido em maio de 2022 caiu 3,7% em relação a maio do ano anterior, totalizando R$ 564,2 milhões. No mercado doméstico, o prêmio teve um aumento de 8,4%, mas no exterior teve uma queda radical de 27,4%, atingindo os R$ 143,6 milhões.

Já entre janeiro e maio de 2022, o prêmio emitido foi de R$ 3,122 bilhões, com recuo de 5,5%, tendo um crescimento de 11,2% no Brasil e uma redução de 25% mundo fora.

“A redução no exterior está em linha com a estratégia de foco no mercado doméstico, amplamente divulgada pela Companhia,” disse a IRB no comunicado.

Por sua vez, a despesa de sinistro da empresa em maio ficou em R$ 631,3 milhões e seu índice de sinistralidade passou de 73,2% para 131,3% em um ano — com impacto maior do setor agro.

As despesas com sinistro da IRB cresceram então 7,9% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 2,04 bilhões. E o índice de sinistralidade acabou subindo de 75,1% para 97,5% no mesmo período comparado.

Presidente da Petrobras (PETR4) tem que ‘cumprir função social’, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) entoou suas últimas críticas com relação à escalada de preços da Petrobras (PETR4), que resultam em um lucro já classificado como ‘crime’ e ‘excessivo’ por parte do mandatário.

Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (22) que a Petrobras precisa cumprir sua “função social” – isto é, balizar o reajuste de preços a partir da conjuntura econômica, segundo ele entende.

“O que eu quero do presidente da Petrobras que indico é que cumpra a legislação”, disse o presidente em um posto de combustível em Brasília.

“Tem viés social previsto na Lei das Estatais. Eu sou um acionista, dos que mais tem ações. Eu converso com as pessoas, dou sugestões. Muitas vezes não são compatíveis. Busco acertar. Não digo se você não fizer isso, você sai daí”, seguiu o chefe o Executivo.

O presidente ainda garantiu que o diesel importado da Rússia chegará “o mais rápido possível” e defendeu a situação econômica do País. “O Brasil está voando, está uma maravilha”, avaliou Bolsonaro.

Mais cedo, na visita a o posto de combustível para “fiscalizar” a mais recente queda de preços, Bolsonaro e o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, anunciaram negociações com outros países para a importação de combustível mais barato.

Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: -0,11%
  • IFIX hoje: +0,08%
  • IBRX hoje: -0,07%
  • SMLL hoje: -0,88%
  • IDIV hoje: -0,07%

Cotação do Ibovespa nesta quarta (21)

Ibovespa fechou o pregão da última quinta-feira (21) em alta de 0,76%, aos 99.033,17 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Por: Victória Anhesini – Suno

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