Ibovespa sobe e retoma 100 mil pontos com avanço da Petrobras (PETR4); Vale (VALE3) cai -

Ibovespa hoje. Foto: Pixabay — Ibovespa hoje – Foto: Pixabay

O Ibovespa vira o sinal e opera em alta de 0,48% nesta segunda-feira (20), aos 100.256 pontos, por volta das 13h08. No radar dos investidores, estavam as ações da Petrobras (PETR4), que registravam perdas de mais de 4%, pouco antes de ter suas negociações suspensas, em meio à renuncia do presidente da companhia, José Mauro Coelho. Com a nomeação do interino Fernando Borges, os papéis voltaram a ser negociados, com quedas de mais de 2% por volta das 11h35. Às 13h30 sobem 1,9%.

A movimentação do Ibovespa segue o cenário positivo de hoje no mercado internacional. As bolsas europeias estão majoritariamente em alta, enquanto nos EUA, o S&P 500 sobe 0,22% e Nasdaq 1,43%.

O Índice Bovespa também tem como destaque negativo as ações da Vale (VALE3), que cai mais de 2% com a sétima queda seguida do minério de ferro, que voltou ao patamar de janeiro, com novas preocupações da Covid-19 na China e os receios sobre um possível colapso no consumo de aço.

Veja mais: Petrobras (PETR4) anuncia Fernando Borges como novo presidente interino

As ações da CVC (CVCB3) também puxam a baixa no gráfico do Ibovespa, com queda de mais de 3%.

Na ponta positiva, a Eletrobras (ELET3) está entre os destaques de alta, em meio ao pedido de demissão de 9 de seus 10 conselheiros. A Weg (WEGE3) lidera as altas do dia, com alta de 5,30%. Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4) também estão entre as maiores valorizações da sessão, com ganhos de 2,30% e 1,97%, respectivamente. A Magazine Luiza (MGLU3) sobe 2,52%.

Notícias que movimentam o Ibovespa hoje

Presidente da Petrobras (PETR4) renuncia ao cargo
Nove conselheiros da Eletrobras (ELET3) pedem renúncia ao cargo em carta
BlackRock aumenta sua participação na Via (VIIA3)

Presidente da Petrobras renuncia ao cargo

Um dos principais assuntos que mexem com o Ibovespa hoje é a Petrobras, que informou nesta segunda-feira (20), através de fato relevante, que José Mauro Coelho pediu demissão do cargo de presidente da companhia. A empresa informou que a nomeação de um presidente interino ainda vai ser examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras.

A saída de José Mauro Coelho da Petrobras (PETR4) ocorre em meio às pressões políticas que aconteceram principalmente após um novo reajuste de preço dos combustíveis para as distribuidoras, que passou a valer a partir deste sábado (18). Nesse caso, a gasolina subiu 5,18% e o diesel 14,26%,

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pediu a demissão do presidente da Petrobras, além de propor dobrar a CSLL da empresa. Outra medida do parlamentar é a proposta de implantar um imposto de exportação que possa compensar o aumento dos combustíveis. Ele já havia convocado para esta segunda-feira (20) uma reunião com líderes dos partidos para discutir a política de preços da Petrobras, que tem como base o mercado internacional.

Saiba Mais Petrobras (PETR4) anuncia Fernando Borges como novo presidente interino

Após o anúncio de renúncia, a estatal petrolífera anunciou Fernando Borges como novo presidente interino da companhia. Segundo o comunicado, Fernando Borges é diretor executivo de exploração e produção.

Nove conselheiros da Eletrobras pedem renúncia ao cargo em carta

Além disso, a cotação do Ibovespa também é impactada pela Eletrobras. Nove integrantes do Conselho de Administração da empresa pediram a renúncia de seus cargos, conforme anunciado pela companhia no sábado (19).

O pedido veio através de uma carta apresentada à empresa, contando com a participação de 9 dos 10 conselheiros. Vale destacar que a o Conselho de Administração da Eletrobras (ELET3) tem 11 cadeiras, sendo que uma delas estava vaga. O mandato dos 9 conselheiros havia se iniciado

cadeiras, mas uma já está vaga. Somente o representante dos empregados, eleito em processo separado, não abdicou.

O mandato deles havia começado em abril de 2021. Na justificativa, os executivos alegam que, com a desestatização concluída por meio da capitalização sacramentada na semana passada, será necessária uma nova composição do colegiado para refletir a nova distribuição das ações da empresa. Com a diluição da posição majoritária do governo, a empresa passa a ser uma companhia privada, sem controlador definido, o que o mercado chama de corporation.

“Trata-se de boa prática de governança corporativa e de justiça social, que os atuais conselheiros se orgulham em cumprir — o que permitirá à Eletrobras, na condição de corporation, estabelecer um novo cenário na composição do seu board (conselho) aderente à sua atual realidade jurídica e acionária”, diz a carta.

Após a renúncia de nove dos dez membros do conselho de administração, a Eletrobras informou na noite do último domingo (19) que recebeu correspondência de acionistas com os nomes de candidatos a serem eleitos para compor o novo conselho de administração da companhia.

BlackRock aumenta sua participação na Via

Um assunto que mexe com a Bolsa de Valores hoje e o Ibovespa é a Via, que anunciou ao mercado na última sexta-feira (17) que recebeu da BlackRock no dia 15 de junho, um comunicado informando um aumento da participação na empresa de varejo. Com o novo aporte, a gestora norte-americana alcançou a marca de 5,0% de participação do total de ações ordinárias da companhia, assim como 0,39% em derivativos.

A BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, informou a Via que objetivo da participação acionária é “estritamente de investimento”. Desse modo, ela não pretende fazer quaisquer alterações no controle ou na estrutura administrativa da Companhia.

A nova compra faz com que a BlackRock passe a ter participação em 79.961.790 de ações ordinárias e 6.351.457 instrumentos financeiros derivativos. A Via destaca em nota que “não foram celebrados, pela BlackRock, quaisquer contratos ou acordos que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela Companhia”.

Até o fechamento do pregão da última sexta-feira (17), as ações da Via (VIIA3) tinham uma queda acumulada de 55% em 2022. O derretimento das ações da companhia varejista ocorre em meio ao crescimento dos juros e da inflação no ano, o que desfavorece o poder de compra da população e, por consequência, vem impactando os resultados das empresas desse segmento.