O Ibovespa começou a semana acompanhando o mau humor no exterior, com investidores pessimistas em relação aos preços de energia, reflexo do conflito Rússia-Ucrânia. As chances de um embargo ao petróleo russo, como uma forma de sanção ao país de Vladimir Putin, fez o preço da matéria-prima disparar e reforçou temores sobre uma escalada da inflação global. O Ibovespa fechou em baixa de 2,52%, aos 111.593 pontos, depois de oscilar entre 111.139 e 114.529. O volume financeiro foi de R$ 38,4 bilhões. Foi a maior queda diária do Ibovespa desde 26 de novembro do ano passando (quando o índice recuou 3,39%.
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Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo, explica que a queda de hoje foi acentuada pelas blue chips, ações de maior peso do índice, em especial a Petrobras. A disparidade de preços praticados pela estatal em relação a seus pares internacionais aumenta temores de uma postura mais intervencionista do governo. “Infelizmente estamos tendo viés político em cima da Petrobras”, destacou Franchini. As ações ON e PN da petroleira recuaram, respectivamente, 7,65% e 7,10%.
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Os destaques positivos ficaram com as ações da Vale (VALE3) e da Bradespar (BRAP4), que é acionista da mineradora, avançando 3,60% e 3,04%, respectivamente, seguida pela Rumo (RAIL3), com alta de 1,97%.
Os destaques negativos ficaram com Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) que caíram, respectivamente, 18% e 16,82%, seguidas pela CVC (CVCB3), recuando 10,49%.
De acordo com analistas da Ativa Investimentos, o setor de aviação vem sendo fortemente afetado pela escalada do preço do barril do petróleo, um dos principais custos do segmento.
No campo político, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin acertou na manhã de hoje (7) sua filiação ao PSB, aumentando as chances de uma chapa Lula-Alckmin nas eleições presidenciais de 2022.
Segundo Simone Pasianotto, economista da REAG Investimentos, aparentemente o mercado enxerga a parceria como uma sinalização de que Lula está tentando passar um tom mais moderado. Seria como se o Alckmin fosse um aval à candidatura Lula, visando minimizar a tendência à esquerda do pretendido futuro governo Lula.
O dólar ignorou novamente as tensões entre Ucrânia e Rússia e ficou de lado com ajuda do capital estrangeiro. A moeda americana fechou em alta de 0,03%, a R$ 5,079, após oscilar entre R$ 5,030 e R$ 5,098.
Os juros futuros fecharam em alta, disparando na ponta mais longa, com a perspectiva de inflação mais alta por conta da guerra: DIF23, + 0,12 pp, a 13,10%; DIF25, + 0,33 pp, a 12,30%; DIF27, + 0,43 pp, a 12,13%; DIF29, +0,40 pp, a 12,20%.
Em Wall Street, as bolsas fecharam em forte queda. O Nasdaq teve baixa de 3,62%, aos 12.830 pontos. Já o índice Dow Jones caiu 2,38%, aos 32.813 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 2,96%, aos 4.200 pontos.
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Por: Mitchel Diniz – InfoMoney