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Guedes afirma que inflação do Brasil vai desacelerar, na contramão global

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na última segunda-feira (28) em entrevista à TV Bloomberg de Nova York, que uma das consequências da guerra pode ser pressões inflacionárias mundiais, em alimentos, grãos, fertilizantes e energia.

De acordo com o ministro, a economia mundial passa por uma desaceleração e que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode agravar a situação. Mas, Guedes afirma que o Brasil está “fora de sintonia”, pois está crescendo.

“O Brasil está na outra direção”, disse o ministro, para quem o País está em transição de uma economia guiada pelo Estado para uma gerida pelo mercado.

“Até o fim do ano teremos US$ 200 bilhões em compromissos de investimento, em contratos já assinados de investimentos privados”, disse. Ele comparou a “dois Planos Marshall” (o que reconstruiu a Europa no pós-Segunda Guerra) os investimentos em portos, rodovias e setor elétrico.

“São contratos assinados, não são PowerPoints ou planos”, disse ele. “Este é um reinvestimento do setor privado para os próximos 10 anos.”

Desaceleração da inflação, segundo Guedes

Além disso, Guedes afirmou que a inflação no país está desacelerando e que pode encerrar 2022 abaixo da taxa dos EUA, depois que o país retirou incentivos monetários e fiscais no ano passado. Durante a entrevista, Guedes disse que a taxa anual vai diminuir de 10% para 5% até o final do ano.

“Nós contraímos a política fiscal durante a recuperação para que não haja pressão inflacionária”, afirmou. “Basicamente é a inflação global quando falamos de inflação no Brasil.”

No ano passado, o Brasil começou um ciclo de aperto das taxas de juros, com aumento de uma mínima recorde de 2% para 10,75%, com a intenção de domar pressões inflacionárias crescentes. Ainda assim, os ganhos de preços ao consumidor permanecem em torno do maior nível em cinco anos.

Os preços ao consumidor dos EUA subiram em janeiro para uma nova alta anual de quatro décadas de 7,5%. Ao contrário do Banco Central (BC), o Federal Reserve atrasou o aperto monetário e apenas recentemente sinalizou que planeja começar a aumentar as taxas de juros no próximo mês.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Por: Victória Anhesini – Suno

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