A caderneta de poupança registrou mais um mês no vermelho em abril, o quarto consecutivo, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta (5). No mês passado, as retiradas superaram as aplicações em R$ 6,251 bilhões. Esse movimento ocorre em um contexto de juros elevados, economia com ritmo fraco de crescimento, inflação e alto endividamento da população.
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Em abril, as aplicações na poupança chegaram na casa de R$ 289,272 bilhões, enquanto R$ 295,524 bilhões foram sacados pelos brasileiros.
Considerando o rendimento de R$ 6,287 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 967,530 bilhões ao final do mês. No acumulado de 2023, a poupança já tem perdas de R$ 57,484 bilhões.
O saldo total da caderneta de poupança também vem caindo paulatinamente desde o início do ano passado.
No fim de 2021, o saldo era R$ 1,030 trilhão. Em 2022, a caderneta de poupança registrou fuga líquida recorde de R$ 103,2 bilhões, num cenário de inflação e endividamento altos.
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Poupança: como funciona e os últimos números
Atualmente, com a taxa Selic a 13,75% ao ano, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), hoje em 0,2054% ao mês (2,49% ao ano), mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a atualização é feita pela TR mais 70% da taxa básica de juros.
Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa são mais atraentes que a poupança.
Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuiu para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia da Covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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Por: Erick Matheus Nery – Suno