A Gerdau (GGBR4) teve um desempenho acima das expectativas dos analistas no primeiro trimestre de 2023 (1T23), com destaque para a divisão norte-americana. Isso porque, entre janeiro e março, a companhia reportou um lucro líquido de R$ 3,21 bilhões e um Ebitda [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] de R$ 4,3 bilhões — altas anuais de 9,4% e 18,8%, respectivamente.
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Os analistas do Goldman Sachs destacam que os avanços nos indicadores vieram de custos melhores do que o esperado no Brasil e melhores preços realizados nos EUA. O banco, inclusive, se mostrou surpreso com a resiliência e a lucratividade “bem acima do normal” das operações norte-americanas da Gerdau.
No entanto, a instituição manteve sua classificação neutra para as ações da Gerdau. “Continuamos a reconhecer os impulsionadores de valor de longo prazo da empresa (diversificação regional, qualidade de ativos e forte posição de balanço), mas mantemos nossa classificação neutra por enquanto, pois vemos catalisadores limitados neste momento”, afirmam os analistas.
Recuperação de margens
Já os especialistas do BB Investimentos destacaram que a Gerdau no 1T23 apresentou recuperação de margens em todas as operações de negócios no primeiro trimestre. No entanto, os números vieram abaixo das estimativas da instituição.
“Esperamos que no curto prazo papéis da Gerdau continuem refletindo as incertezas com relação ao setor e reagindo aos indicadores de atividade econômica global, especialmente no Brasil e nos EUA, que deverão manter a volatilidade elevada”, salientam.
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Apesar disso, os analistas ressaltam que em uma visão de médio e longo prazo os fundamentos da empresa permanecem sólidos. Diante disso, o banco mantém o preço-alvo de R$ 33,33 e a recomendação de compra para GGBR4.
Volatilidade do setor
Enquanto isso, os analistas do Santander (SABN11) pontuam que, apesar do desempenho acima do esperado da Gerdau no 1T23, a volatilidade no setor deve continuar no curto prazo. Isso reflete as incertezas com relação ao setor e às atividades econômicas globais, especialmente no Brasil e nos Estados Unidos.
“Do lado negativo, a divisão de aços especiais apresentou números mais fracos (ainda que robustos), impulsionados principalmente por resultados mais fracos no Brasil, onde várias montadoras anunciaram paralisações”, pontuam os analistas.
Diante disso, o Santander mantém a classificação outperform para a Gerdau, com preço-alvo a R$ 35, embora ressalte a sua preferência pela Southern Copper Corp (SCCO) no setor de matais básicos da América Latina.
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Por: Janize Colaço – Suno