A Petrobras (PETR4) anunciou que, a partir de amanhã (29), fará uma redução do preço médio do diesel A de R$ 0,38 por litro às distribuidoras. Com o corte anunciado, o valor médio de venda passará de R$ 3,84 para R$ 3,46 por litro.
De acordo com o comunicado, considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,05 a cada litro vendido na bomba.
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margem de lucro do distribuidor”, diz a petroleira.
O comunicado ainda destaca que a redução do preço do diesel anunciado pela Petrobras tem como objetivos principais:
- a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes;
- participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço do diesel nas refinarias da Petrobras e o mercado internacional atingiu uma defasagem positiva de 17% na quinta-feira (27), a maior desde o início de fevereiro, abrindo espaço para uma queda de R$ 0,55 por litro.
Petrobras aprova distribuição bilionária em dividendos
A Petrobras (PETR4) informou na noite da última quinta (27) que seu conselho, em Assembleia Geral Ordinária (AGO), aprovou a distribuição de R$ 35,8 bilhões em dividendos sem que haja a retenção de valores para uma reserva estatutária com a finalidade de investimentos à petroleira.
Mais cedo, os acionistas da estatal haviam aprovado a retenção de R$ 6,5 bilhões da terceira parcela dos dividendos referentes ao quarto trimestre de 2022. A proposta foi da União, acionista majoritária representada pelo governo federal.
O pagamento do referido dividendo complementar será realizado em três parcelas, sendo:
- (i) 19 de maio em R$ 17,9 bilhões: R$ 1,42978096 por ação (ordinária ou preferencial) negociada na B3. E a partir de 26 de maio para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE);
- (ii) 16 de junho em R$ 11,4 bilhões: R$ 0,91106456 por ação (ordinária ou preferencial) negociada na B3. E a partir de 23 de junho para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE);
- (iii) 27 de dezembro em R$ 6,5 bilhões: R$ 0,51871639 por ação (ordinária ou preferencial) negociada na B3. E a partir de 04 de janeiro de 2024 para os detentores de ADRs) negociadas na New York Stock Exchange (NYSE).
Vale lembrar que a retenção dos dividendos da Petrobras, a ser paga só em dezembro, diz respeito a R$ 0,49806828 por ação. O valor seria direcionado para a criação de uma reserva estatutária voltada a novos investimentos, conforme sugerido pelo Conselho de Administração em 1º de março, mas que acabou não sendo criada.
Por: Janize Colaço – Suno