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FMI revisa fundos que apoiam países de baixa renda em meio à forte demanda e juros altos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou uma série de iniciativas que apoiam países de baixa renda em meio à forte demanda por empréstimos e taxas de juros mais elevadas. Dentre as ações, está o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento (PRGT, na sigla em inglês), principal veículo do organismo para concessão de empréstimos a nações subdesenvolvidas.

O FMI defende que o PRGT tenha uma estratégia múltipla e esforços de países ricos para mobilizar contribuições conjuntas para preencher as lacunas e permitir uma base sustentável para a oferta de recursos a países de baixa renda no curto e longo prazos. Atualmente, este fundo enfrenta um déficit de cerca de US$ 1,6 bilhão em promessas de recursos de subsídios e em torno de US$ 4,7 bilhões em empréstimos para concluir o primeiro estágio da ação de financiamento de 2021.

“As finanças do PRGT estão sob tensão devido à demanda substancialmente mais forte por empréstimos e taxas de juros acentuadamente mais altas do que o previsto anteriormente”, avalia o Fundo, em nota à imprensa.

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Desde a pandemia, o FMI apoiou mais de 50 países de baixa renda com mais de cerca de US$ 24 bilhões em empréstimos sem juros.

A diretora-gerente do organismo, Kristalina Georgieva, alertou, na quinta-feira, 6, para o peso da dívida de países emergentes e de baixa renda e o risco de uma onda de reestruturações. Convocou ainda os membros mais ricos do Fundo a ajudarem a resolver os déficits de arrecadação de recursos no PRGT.

“Gostaria de fazer um duplo apelo em nome deles: ajudem-nos a lidar com o peso da dívida, que se tornou muito mais difícil com os choques dos últimos anos; e, em segundo lugar, ajudar a garantir que o FMI continue em posição de apoiá-los nos próximos anos”, afirmou ela, em evento no Meridian House, em Washington DC, nesta quinta-feira.

Além do PRGT, o Conselho Executivo do FMI, em decisão tomada na quinta, revisou ainda a adequação de recursos do Fundo de Resiliência e Sustentabilidade (RST, na sigla em inglês), que oferece financiamento de longo prazo a países de baixa renda e pequenos estados para diminuir os riscos das mudanças climáticas e pandemias, e o Fundo de Contenção e Alívio de Catástrofes (CCRT, na sigla em inglês), que apoia nações subdesenvolvidas atingidas por desastres naturais ou de saúde pública.

No caso do RST, o FMI diz que, até o momento, há cinco acordos aprovados desde a sua operacionalização, em 12 de outubro de 2022, e o pipeline de possíveis solicitações está aumentando “rapidamente”. As promessas representam 76% da meta de recursos do empréstimo, deixando um déficit de cerca de US$ 8,8 bilhões em relação à meta original de arrecadação. Já o CCRT teve seu saldo de caixa quase esgotado na pandemia.

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Por: Estadão Conteúdo – InfoMoney

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