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Azul (AZUL4) dispara pelo segundo dia seguido e volta a liderar o Ibovespa. O que está acontecendo?

Azul (AZUL4) dispara pelo segundo dia seguido e volta a liderar o Ibovespa. O que está acontecendo?

As ações da Azul (AZUL4) operam em mais um dia de forte alta no pregão desta terça-feira (7). Na véspera, os papéis da companhia aérea tiveram os maiores ganhos do Ibovespa, com avanço de 38%, e hoje, por volta das 17h30, a alta era de 19,4%, cotados a R$ 11,83.

Entre as razões para as ações da Azul subir e liderar o Ibovespa pelo segundo dia seguido está a repercussão da notícia de que a empresa renegocia suas dívidas com os arrendadores de aviões. Isso porque os passivos junto aos lessors respondem por aproximadamente 80% da dívida bruta total da companhia.

“Como resultado, a Azul destacou que sua expectativa de queima de caixa em 2023 (aproximadamente R$ 3 bilhões) será agora eliminada. Diante disso, a aérea espera uma geração de caixa positiva em 2024 e nos anos que virão”, afirma o Goldman Sachs.

Os analistas do banco, Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Martins, porém, afirmam que buscarão mais detalhes sobre as condições do acordo da Azul com arrendadores, mas veem o movimento como algo positivo para a companhia.

Acreditamos que o risco de crédito tem sido um tema importante para o setor aéreo.

Apesar do otimismo, o Goldman mantém a recomendação neutra para compra das ações da Azul, com preço-alvo em R$ 16,40.

BTG vê expectativa melhor para 2023

Já os analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacam que a negociação da Azul com arrendadores ajudará a diminuir as preocupações do mercado sobre a lacuna do caixa financeiro e uma possível reestruturação da dívida.

Embora citem uma possível diluição patrimonial, visto que os locadores da Azul receberão uma dívida conversível, Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, analistas do BTG, estão otimistas.

“Acreditamos que o adiamento do pagamento compensa qualquer diluição potencial, tornando-o um resultado líquido positivo para a Azul e, mais importante, removendo o excesso de estoque em relação à reestruturação financeira”, afirmam.

Com isso, a casa manteve a recomendação de compra da Azul, com preço-alvo a R$ 47 — valor fixado após o Investor Day, no ano passado, que previa um potencial de valorização de 300%.

Cotação da Azul

As ações da Azul, no pregão desta terça-feira (7), operam em alta de 19,7%, com papéis cotados a R$ 11,83. No acumulado dos últimos 12 meses, as ações da companhia tiveram uma desvalorização de 38,39%.



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Por: Janize Colaço – Suno

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