A caderneta de poupança registrou mais um mês com crescimento dos saques antes aos depósitos. Em fevereiro, as retiradas superaram as aplicações em R$ 11,515 bilhões, em um contexto de juros elevados, economia com ritmo fraco de crescimento, inflação e aumento do endividamento da população.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central. Em janeiro, o resultado negativo ficou em R$ 33,63 bilhões, o maior para todos os meses da série histórica.
O recorde anterior havia sido registrado em agosto do ano passado, quando os correntistas sacaram da poupança R$ 22,02 bilhões a mais do que depositaram.
Já no ano fechado de 2022, a captação líquida foi negativa em R$ 103 bilhões, o pior volume da história da poupança.
Mais números da poupança em fevereiro
A poupança em fevereiro teve um total de R$ 279,927 bilhões em aplicações, enquanto R$ 291,442 bilhões foram sacados pelos brasileiros. Considerando o rendimento de R$ 6,916 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 968,039 bilhões ao final de fevereiro.
Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). Desde dezembro do ano passado, o rendimento da poupança passou para o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano.
Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a inflação pela primeira vez desde meados de 2020.
Em fevereiro, os rendimentos creditados somaram R$ 6,916 bilhões. O saldo de todos os valores depositados na poupança ficou em R$ 968,04 bilhões.
Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil
Por: Janize Colaço – Suno