As ações da Vale (VALE3) operam em alta nesta sexta-feira (3). Por volta das 14h, os papéis da mineradora avançavam 0,48%, cotados a R$ 89,43, após uma semana de volatilidade nos papéis, mas com a recuperação das perdas nos últimos dias. Junto a alta da blue chip, o Ibovespa ganha 0,85% aos 104.206 pontos.
Nos três dias deste mês de março, os ativos da Vale operaram com uma valorização de 0,72%. No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, houve queda de 3,79%, de acordo com os dados do Status Invest.
Com a alta da Vale no Ibovespa, as empresas do setor de mineração e siderurgia também operam com ganhos. Confira abaixo:
- CSN (CSNA3): 3,49%
- CSN Mineração (CMIN3): 2,26%
- Usiminas (USIM5): 1,43%
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4): 0,54%
- Gerdau (GGBR4): 0,51%
Entre as razões para a alta da Vale e de mineradoras no Ibovespa está o preço do minério de ferro, que atingiu a cotação máxima dos últimos oito meses. Nesta sexta-feira, a commodity, negociada na bolsa de Dalian, teve ganhos de 1,04% e fechou em aproximadamente a US$ 133,16 (919 iuanes) a tonelada.
Vale reaproveita rejeitos em barragem sem emissão de CO2
Nesta sexta-feira (3), a Vale informou que deu início ao comissionamento do Projeto Gelado, em Carajás (PA). O objetivo da iniciativa será de produzir pellet feed a partir do reaproveitamento dos rejeitos depositados na barragem do Gelado desde 1985, ano de início da operação da Vale na região.
A capacidade inicial de produção será de 5 milhões de toneladas por ano e o investimento é de US$ 485 milhões. Além de dar destinação sustentável ao rejeito, o projeto da Vale utilizará dragas 100% elétricas para extrair o material, evitando a emissão de CO2.
A fase de comissionamento, em que estão sendo feitos testes de performance e capacidade com carga, deve durar até o final do primeiro semestre, quando a operação entrará em ritmo contínuo. Após a conversão da Usina 1 de Carajás da Vale para o beneficiamento a umidade natural, prevista para os próximos anos, o projeto Gelado alcançará sua capacidade de 10 milhões de toneladas por ano.
A Vale destaca que ao longo dos últimos 37 anos, vem produzindo minério de ferro em Carajás e depositando o rejeito na barragem do Gelado. O material é composto por partículas de minério de ferro, que não puderam ser aproveitadas no processo original de beneficiamento, e por impurezas, como a sílica e a alumina. Com o uso de dragas, o rejeito será retirado da barragem e enviado novamente para beneficiamento na usina.
Com informações do Estadão Conteúdo
Por: Janize Colaço – Suno