O Magazine Luiza (MGLU3) foi apontado pelos agentes econômicos como uma das varejistas que colherá frutos com a crise na Americanas (AMER3). Enquanto o mercado encontra-se receoso com os papéis das empresas do varejo, o Citi vai na contramão e promoveu a empresa de Luiza Helena Trajano.
Em relatório publicado na quinta (23), os especialistas do Citi mudaram a recomendação das ações do Magazine Luiza de neutra para compra, com um novo preço-alvo de R$ 5 (antes, era R$ 4,80).
Na visão dos analistas do Citi João Pedro Soares e Felipe Reboredo, agora é a hora de comprar MGLU3, mas existe um alto risco nessa operação: “Isso se deve principalmente ao cenário volátil e ainda incerto do setor, perfil de avaliação mais arriscado e sua maior dependência do ambiente do consumidor, igualmente incerto”.
Os especialistas não citaram nominalmente a Americanas, que encontra-se em recuperação judicial com dívidas que ultrapassam a casa dos R$ 40 bilhões.
Porém, a dupla ressaltou que a varejista de Luiza Helena Trajano “deve se beneficiar das mudanças que estão acontecendo na indústria após a ‘crise de crédito’ de um grande concorrente”.
Em nosso exercício mais recente, estimamos que o GMV do Magalu pode crescer cerca de 20% à medida que a empresa acumula market share, mas lembre-se de que esse processo pode não ser simples e pode haver alguns solavancos ao longo do caminho.
Magazine Luiza: Impacto nas ações
Com a divulgação do relatório do Citi sobre Magazine Luiza, as ações da varejista dispararam na bolsa de valores.
Por volta das 11h do Ibovespa hoje desta sexta (24), os papéis MGLU3 eram negociados em alta de 5,34%, ao preço de R$ 3,75.
Esse movimento ocorre na contramão do resultado dos papéis da varejista nos últimos meses. De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações do Magazine Luiza derreteram 37,1%. Em fevereiro, a queda acumulada é de 11,89%.
Por: Erick Matheus Nery – Suno