O assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Augustin, afirmou na tarde desta quarta-feira (1) que está em estudo no governo federal um modelo de financiamento que beneficie agricultores que invistam em iniciativas ambientais e sociais nas propriedades rurais.
O objetivo principal do governo, segundo o assessor, é o de promover a conversão de cerca de 2 milhões de hectares de pastos degradados em áreas agricultáveis nos próximos anos, o que demandaria um investimento de R$ 40 bilhões.
“Esse dinheiro não tem como sair do Tesouro Nacional, precisamos do apoio do mercado de capitais, da Faria Lima”, defendeu Augustin durante o XP Agro Conference, em São Paulo.
Sob este contexto, o Ministério da Agricultura busca viabilizar uma linha de financiamento para compromissos socioambientais. A ideia é que sejam oferecidos prazos mais longos, de até 15 anos, com taxas de juros subsidiadas. “A ideia é que sejam taxas diferentes a diferentes níveis de comprometimentos”, afirmou o assessor, que citou o Programa de Construção de Armazéns (PCA) como um exemplo.
No caso desta linha em estudo, os agricultores que investirem em plano de saúde para seus funcionários será considerado como um ganho social ou, no campo ambiental, o uso de defensivos biológicos nas lavouras para promover mais sustentabilidade.
A medida ainda precisa do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o funding da operação também precisa ser desenhado. Uma das sugestões é que se busque esse recurso no exterior, de países que queiram auxiliar o Brasil no combate ao desmatamento na Amazônia.
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Por: Rikardy Tooge – InfoMoney