O Ibovespa sobe 0,97% aos 112.520 pontos durante a abertura desta quarta-feira (18). O pregão é marcado pela desaceleração da volatilidade nas varejistas e mais otimismo com os ativos da bolsa, dada a alta generalizada de praticamente todos os papéis do índice.
O Ibovespa hoje lida com novidades no radar corporativo, com companhias do setor de construção civil e imobiliário subindo após prévias recentes.
Além disso, mais novidades no caso da Americanas (AMER3), que segue com um imbróglio na justiça com seus credores e deixou de pagar debêntures. As ações da varejista caem 5,25%, cotada a R$ 1,80, depois de entrar mais uma vez em leilão.
Nas bolsas internacionais, alta de 0,11% no Dow Jones e de 0,26% no S&P durante as negociações pré abertura de mercado dos EUA.
Já na Europa, há queda de 0,10% na bolsa de Frankfurt (DAX) e estabilidade em Londres (FTSE). Com isso, o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe 0,35%.
O petróleo Brent, referência para a Petrobras (PETR4), avança 1,5%, ao passo que o minério de ferro negociado em Dalian teve alta de 0,90%, a US$ 124.
Os dados de inflação do Reino Unido vieram dentro do esperado, ao passo que as vendas no varejo dos EUA ficaram abaixo das expectativas, com queda de 1,1% ante projeções de 0,8% de retração. O Núcleo do Índice de Preços ao Produtor (IPP) foi de 0,1%, dentro das projeções.
Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje
- Americanas deixa de pagar debêntures
- CSN Mineração conclui acordo de US$ 500 milhões
- Cyrela
Americanas deixa de pagar debêntures
Em meio à crise causada pelo rombo contábil de R$ 20 bilhões, a Americanas (AMER3) não pagou os juros remuneratórios referentes à 17º emissão de debêntures. Pela inadimplência, a varejista teve de prestar contas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na terça-feira (17).
Os juros venceram na segunda-feira (16), e, em comunicado ao mercado, a companhia argumentou que o pagamento dos juros da debênture não foi realizado porque essa dívida está suspensa graças à proteção judicial que conseguiu na semana passada.
A empresa também segue em um imbróglio judicial com o banco BTG Pactual (BPAC11), que é, proporcionalmente, o banco mais exposto à crise.
Acordo bilionário da CSN Mineração
A CSN Mineração (CMIN3) informou a conclusão nas negociações com a companhia suíça Glencore.
Segundo o comunicado enviado ao mercado, a mineradora fornecerá cerca de 13 milhões de toneladas da commodity e receberá um pré-pagamento na ordem de US$ 500 milhões.
“O desembolso ocorrerá quando forem cumpridas certas condições precedentes, habituais para este tipo de transação”, destaca o comunicado.
Prévia da Cyrela
A Cyrela (CYRE3) reportou sua prévia operacional na véspera, com alta de 10% nos lançamentos em relação a igual período do ano anterior, para R$ 2,28 bilhões.
Já as vendas líquidas totais foram de R$ 2,691 bilhões no trimestre, representando uma avanço de cerca de 71% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Dentre as vendas líquidas, estão:
- R$ 130 milhões em venda de estoque pronto (5%)
- R$ 919 milhões à venda de estoque em construção (34%)
- R$ 1,642 bilhão à venda de lançamentos (61%)
Com isso, ações do setor imobiliário e de construção estão dentre as maiores altas da bolsa, incluindo os papéis CYRE3, que sobem mais de 5%.
Maiores altas do Ibovespa
- CMIN3: + 6,1%
- CYRE3: +5,4%
- ECOR3: +5,4%
- EZTC3: +4,7%
- LREN3: +4,1%
Maiores baixas do Ibovespa
- MGLU3: -0,8%
- ENGI11: -0,5%
- SUZB3: -0,3%
- JBSS3: -0,3%
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão da terça-feira (17) em alta de 2,04%, a 111.439 pontos.
Por: Eduardo Vargas – Suno