Com os impulsos promovidos pela Copa do Mundo e pela Black Friday, as vendas no varejo cresceram 1,1% em novembro, em comparação com o mês anterior, segundo dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). O indicador segue em alta nos últimos 13 meses.
“Novembro marcou o 13º mês seguido de alta nas vendas. O mês foi ajudado pela Black Friday, quando varejistas fizeram promoções e os consumidores anteciparam compras. Do início do mês até a véspera da data comemorativa [25/11], houve um crescimento de 15,6% ante o período comparável do ano anterior”, afirmou Vitor Levi, superintendente de Dados e Inovação da Cielo.
Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pela empresa, o índice subiu 10,3% – com postos de combustíveis, supermercados e hipermercados e turismo e transporte ajudando a impulsionar as vendas.
De maneira geral, efeitos de calendário beneficiaram o índice. Houve uma quarta-feira, dia de comércio mais ativo, a mais e uma segunda-feira a menos que em novembro de 2021.
Além disso o feriado da Proclamação da República, comemorado no dia 15 de novembro, caiu em uma terça, o que provocou um prolongamento de quatro dias; enquanto no ano passado o feriado caiu numa segunda.
Varejo: seleção turbinou faturamento dos bares
Por mais que a campanha da seleção brasileira na Copa do Mundo não tenha sido das melhores, os dias de jogos conseguiram turbinar o faturamento dos bares. Segundo Levi, esses estabelecimentos chegaram a faturar até 60,9% a mais nos dias em que o time de Neymar Jr. estava nos gramados.
O especialista também ressaltou que o comércio continua em recuperação após os efeitos negativos provocados pela pandemia da Covid-19.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 5,9% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,41% em novembro.
Os grupos de Transportes e Alimentação e Bebidas foram os que mais pressionaram a inflação. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 9,03% em novembro, desacelerando na comparação com o mês anterior.
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os macrossetores de Bens Não Duráveis e Serviços avançaram ante base anual, com destaque para Postos de Gasolina e Turismo e Transporte. Já Bens Duráveis e Semiduráveis sofreu queda, impactado pelo segmento de Vestuário.
Somente a região Sudeste apresentou queda nas vendas, a -0,1%. De acordo com os dados do indicador do varejo deflacionado e com ajuste de calendário, a região Sul registrou alta de 3,2%, seguida da região Norte (+1,8%), Nordeste (+1,6%), e Centro-Oeste (+0,4%).
Com Estadão Conteúdo
Por: Erick Matheus Nery – Suno